Documentário relembra golpe de Estado em Honduras
MADRI, Espanha - O documentário "Quién dijo miedo", dirigido pela hondurenha Katia Lara, que estreia nesta quinta-feira em Madri, rememora o golpe de Estado que destituiu o presidente Manuel Zelaya há um ano.
O filme, que teve o apoio do Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais da Argentina, explica as grandes razões do ocorrido em Honduras.
Um dos protagonistas do documentário é o sindicalista hondurenho René Amador. Em declarações à Agência Efe em Madri, ele narrou como se uniu à Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) desde o primeiro dia do golpe.
"É uma organização das mais conscientes e lutadoras do país e as condições de luta não são casuais. Nos unimos por um dever moral", destacou.
Segundo Amador, o documentário tem o objetivo de mostrar ao mundo como as autoridades que assumiram o poder em Honduras após o golpe violaram sistematicamente a liberdade e os direitos humanos.
O documentário mostra como Amador está presente desde o momento em que os hondurenhos se inteiram da destituição de Zelaya e saem às ruas para pedir seu retorno ao poder.
"Até hoje, o povo não se cansou de dizer 'basta' e segue dizendo 'não vamos aceitar a este Governo'. Honduras hoje enterra seus mortos, mas segue na luta", enfatizou Amador.
Sobre a frase que dá título ao documentário "Quién dijo miedo"(quem disse medo), Amador explica que os hondurenhos não sentem medo.
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