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Novo filme da saga do "X-Men" traz menos ação e mais reflexão

Alicia García de Francisco

02/06/2011 10h35Atualizada em 02/06/2011 16h38

Redação Central, 2 jun - Menos batalhas e maior reflexão é o que oferece o quinto filme da saga do "X-Men - Primeira Classe" que agora volta no tempo para contar a origem da relação entre os protagonistas, com um enredo no entorno de James McAvoy e Michael Fassbender, o que é o melhor do filme.

Dirigida por Michael Vaughn, o filme tem o atrevimento de começar com as mesmas imagens com as quais começou o primeiro "X-Men", em 2000. Em branco e preto narra a vida dura de Magneto e o caráter impulsivo e vingativo forjado na Alemanha nazista, nos campos de concentração e suas experiências médicas para melhorar a raça.

O alemão Fassbender ("Bastardos Inglórios") encarna a perfeição o Magneto jovem que protagoniza a eterna luta entre o bem e o mal, acompanhado por um McAvoy ("Desejo e Reparação") que dá um toque britânico apropriado ao personagem do professor Charles Xavier, encarnado por Patrick Stewart nos filmes anteriores da saga.

Nomes novos para "X-Men - Primeira Classe", o quinto filme de uma saga que faz tanto sucesso que os produtores querem espremer até a última gota.

Divulgação
Meu Professor X não é cópia

James McAvoy sobre seu papel em "X-Men: Primeira Classe"

Além de Magneto (ainda chamado Eric) e do professor Charles Xavier, aparecem Mística, na época Raven (outro acerto com a escolha de Jennifer Lawrence), Beast (Nicholas Hoult) e outros dos personagens das histórias em quadrinhos de Marvel que ainda não tinham conquistado espaço na grande tela, como Banshee e Riptide.

Uma história interessante, que permite entender melhor a história dos X-Men, mas que ao mesmo tempo é complicada para quem não viu os filmes anteriores ou esteja familiarizado com esta antiga história em quadrinhos.

Para os fãs mais fanáticos, pode ser um pouco lenta em comparação com os filmes anteriores já que Matthew Vaughn ("Snatch") deu maior espaço às relações pessoais que às habitualmente espetaculares batalhas protagonizadas entre os humanos e os mutantes.

Um estilo diferente ao que vinha impondo os diretores dos quatro filmes anteriores: Bryan Singer (as duas primeiras), Brett Ratner e Gavin Hood.

Mais interessante, no entanto, é para aqueles que encaram a aventura sem ter antecedentes mutantes e que prefiram as lutas internas às externas.

O que faz falta é a ironia que apresenta o personagem de Wolverine (Hugh Jackman).

"X-Men: Primeira Classe" chega nesta sexta-feira aos cinemas de todo o mundo.