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Madonna coreografa canto à libertação feminina em 2º filme como diretora

01/09/2011 13h25

Veneza (Itália), 1 set (EFE) - Como se fosse um de seus videoclipes, Madonna apresentou nesta quinta-feira, fora da competição do 68º Festival Internacional de Cinema de Veneza, seu segundo filme como diretora, "W.E.", um canto à libertação feminina.

A "rainha do pop", cuja vida pessoal é repleta de romances e fracassos sentimentais, traz ao cinema a história da americana Wallis Simpson, cujo amor por Edward VIII o levou a abdicar ao trono britânico em 1936 e a quem coloca como exemplo de busca da felicidade feminina.

Durante quase duas horas, uma duração talvez excessivamente longa para a trama, Madonna apresenta a história de Wallis paralelamente à de Wally Winthrop, uma jovem nova-iorquina obcecada pela personagem da esposa de Edward VIII e que será também reflexo da luta feminina ao ter de superar um casamento no qual sofre maus-tratos físicos e psicológicos.

"O mundo que Wallis encontrou era um mundo de beleza, mas também de decadência. Queria mostrar este mundo também na época moderna, em um ambiente de beleza e glamour. Queria ressaltar também que a beleza não tem por que garantir a felicidade", explicou Madonna em entrevista coletiva.

"W.E.", iniciais que correspondem a Wallis e Edward, mas que também remetem a "nós" em inglês, conta com uma rica carga musical e contínuas coreografias de personagens, levando o público a imaginar que a história de Madonna se esconde por trás da de Wallis, uma americana incompreendida que um dia partiu para a Inglaterra.

"Acho que o amor é impossível de descrever ou entender. É como entender a natureza de Deus. É uma coisa intangível e inexplicável. É o que movimenta todos. Sem amor não existe nada e não podemos fazer uma história de amor banal, já que esse amor não seria verdadeiro", afirmou Madonna.

A presença da cantora em Veneza provocou alvoroço, não só pelo ir e vir de fotógrafos em busca da diva, mas também pelo grande número de fãs que desde a manhã desta quinta-feira a aguardavam à caça de um autógrafo. (Miguel Cabanillas)