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Kate Winslet apresenta série de televisão "Mildred Pierce" no Festival de Veneza

Kate Winslet grava cenas da série "Mildred Pierce" em Nova York (5/5/2010) - Brainpix
Kate Winslet grava cenas da série "Mildred Pierce" em Nova York (5/5/2010) Imagem: Brainpix

02/09/2011 18h03

Veneza (Itália), 2 set (EFE).- Kate Winslet apresentou nesta sexta-feira no Festival de Cinema de Veneza a série televisiva da qual participa, "Mildred Pierce", dirigida por Todd Haynes e que recebeu 21 indicações para o Emmy.

Para a atriz esse foi seu trabalho mais desafiador desde "Titanic". "Trabalhar em televisão é muito mais difícil que cinema", disse a Agência Efe em uma coletiva de imprensa. Entretanto, acredita que é um privilégio poder contar uma história sem os muitos cortes da edição cinematográfica.

Kate também chamou a atenção para a qualidade das atuais séries televisivas, opinião compartilhada por Haynes, que destaca exemplos como "The Good Wife" e confessa ter um enorme respeito por quem trabalha neste meio.

"Mildred Pierce", baseada no romance homônimo de James M. Cain, que virou filme em 1945 protagonizado por Joan Crawford, conta a história de uma mulher abandonada por seu marido durante a Grande Depressão em Los Angeles, que deseja dar todas as oportunidades que não teve para sua filha mais velha.

"Não me interessaria interpretar uma mulher que acaba completamente pobre. Isso não é história" diz Kate ao explicar que seu interesse é pela condição humana. Sobre sua estreia na televisão defende que "Não há nada de errado em 'Mildred Pierce' e sim muito trabalho por detrás dela, o que nos obriga a estar muito mais concentrados do que no cinema".

A experiência também está sendo positiva para Haynes, que se diz satisfeito com a ideia de que os espectadores descubram em sua série uma produção feita com a qualidade encontrada no cinema, mesmo que isso tenha custado um terço do valor e do tempo de um longa.

O diretor disse ter pensado em Kate para este papel porque se baseava na lembrança de Crawford, influência que a atriz diz não ter sentido, uma vez que não viu o filme de 1945. (por Alicia García de Francisco)