Resgate de mineiros no Chile será levado aos cinemas em busca do Oscar

Santiago do Chile, 26 set (EFE).- O produtor de Hollywood Mike Medavoy, que levará o acidente envolvendo os 33 mineiros chilenos aos cinemas, anunciou nesta segunda-feira que o filme almeja participar da edição 2012 do Oscar e do Festival de Cannes.

"Sim, é possível. Eu recebo o roteiro em dezembro ou janeiro e, embora seja muito difícil, eu gostaria que o filme estivesse na lista para o Oscar do próximo ano", afirmou Medavoy aos jornalistas.

"Eu acho que vai ser quase impossível apresentar o filme a tempo da próxima edição do Oscar, mas, vou apresentar um filme que seja qualificado para o Festival de Cannes", acrescentou o produtor, que esteve acompanhado do ministro de Mineração do Chile, Hernán de Solminihac, e do mineiro Daniel Herrera.

O ministro se mostrou "contente" com a visita do produtor americano e por sua intenção em fazer um filme sobre o resgate dos mineiros chilenos.

"O filme é importante para o Chile. E aquela foi uma situação digna de filme e, nesse sentido, podemos mostrar ao mundo como o trabalho em equipe, a ajuda internacional e o esforço de todos garantiram o resgate dos mineiros", declarou Solminihac.

O mineiro Herrera, um dos 33 envolvidos, também ficou contente com a visita de Medavoy, comentando que o produtor irá se reunir com os outros mineiros e também visitará a mina San José, onde os funcionários permaneceram presos a 700 metros de profundidade.

Medavoy, que trabalhou anteriormente em filmes como "Ilha do Medo", de Martin Scorsese, e "Cisne Negro", de Darren Aronofsky, revelou que o futuro longa-metragem terá três níveis: o da experiência dos mineiros, o da família e o do resgate.

"A impressão que tenho (dos mineiros) é que eles representam o povo chileno, que possuem dignidade e um esforço pelo trabalho. Todo mundo quer uma vida melhor para si mesmo e para sua família. Isso que será importante transmitir, já que isso saiu do coração deles", declarou o produtor, confirmando que o filme ainda não possui diretor nem título.

"Eu acho que é importante focar a história (humana) deles e um filme falando unicamente no que aconteceu na mina não seria interessante para o resto do mundo. É preciso mostrar no que o Chile é especial (...) A ideia é fazer um filme no Chile, mas para todos", finalizou Medavoy.