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"Amor, Sublime Amor", musical mais bem-sucedido da história, completa 50 anos

Fernando Mexía

De Los Angeles

21/10/2011 07h52

De todos os musicais de Hollywood, nenhum causou mais sensação como "Amor, Sublime Amor", adaptação de uma peça de teatro que conseguiu no cinema o sucesso que lhe faltou na Broadway e que completa 50 anos nesta semana.O filme distribuído pela United Artist teve sua pré-estreia em Nova York no dia 18 de outubro de 1961 e deslumbrou a crítica e o público no que a imprensa considerou uma versão fiel da produção teatral que estreou em 1957, a mesma que, curiosamente, foi recebida com apatia.

Sua passagem pelas salas de cinema fez com que "Amor, Sublime Amor" fosse elevado à categoria de clássico, ganhando dez estatuetas do Oscar (mais que todos os musicais até o momento) e popularizando as canções do letrista Stephen Sondheim e do compositor Leonard Bernstein, tais como "America", "Maria" e "I Feel Pretty".

Protagonizado por Natalie Wood, Richard Beymer, Russ Tamblyn, Rita Moreno e George Chakiris, o filme foi dirigido por Robert Wise, que quatro anos mais tarde faria "A Noviça Rebelde", ao lado de Jerome Robbins, coreógrafo responsável pela obra teatral.

Apesar do sucesso com a audiência, os criadores não ficaram tão satisfeitos com o resultado. Robbins abandonou as filmagens em poucas semanas e o dramaturgo Arthur Laurents, encarregado do livreto musical, considerou o longa irreal e o acusou de caricaturar a comunidade porto-riquenha de Nova York.

Em "Amor, Sublime Amor", Laurents adaptou o amor impossível de Romeu e Julieta para os bairros nova-iorquinos, onde as famílias Capuleto e Montecchio da obra de William Shakespeare são substituídas por duas gangues juvenis irreconciliáveis, os Jet, de classe operária, e os porto-riquenhos Shark.

Os grupos se enfrentam a partir da relação amorosa de Maria, irmã do líder Shark, e Tony, melhor amigo do líder dos Jet, em uma trama que transcorre entre ritmos latinos, jazz e pop.

A vencedora do prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme, Rita Moreno, também se mostrou insatisfeita por ter sido obrigada a usar um sotaque que não tinha e pela maquiagem utilizada, que lhe conferia um tom de pele mais escuro do que possuía.

Outra da polêmica decisão dos produtores foi dublar os atores desnecessariamente, como foi o caso de Natalie Wood teve suas canções interpretadas por Marni Nixon, a contragosto.

"Amor, Sublime Amor" foi reproduzido nos últimos 50 anos em mais de 40 mil ocasiões tanto por companhias profissionais como amadoras e suas músicas foram traduzidas para diversos idiomas e interpretadas por artistas como Barbra Streisand e José Carreras.

Por causa da comemoração de meio século do filme, a Turner Classic Movies fará uma mostra especial no dia 9 de novembro em mais de 300 salas americanas da versão restaurada de "Amor, Sublime Amor", a mesma que a Metro-Goldwyn-Mayer (MGM) porá à venda em 15 de novembro pela primeira vez em Blu-Ray junto com numerosos conteúdos extras.

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