"Tenho sorte de estar vivo", diz ator Robin Williams
Los Angeles (EUA), 17 nov (EFE).- Robin Williams, um dos comediantes mais famosos de Hollywood, volta aos cinemas dos Estados Unidos nesta sexta-feira com "Happy Feet: O Pinguim 2", uma comédia repleta de boas intenções com a qual celebra o simples fato de estar vivo, confessou o ator à Agência Efe.
Totalmente recuperado da operação no coração à qual se submeteu em 2009 e também da dependência do álcool - teve uma recaída em 2006, depois de 20 anos sem provar uma gota -, o ator, que acaba de se casar pela terceira vez, disse: "Tenho sorte de estar vivo".
"Fazer 60 anos não mudou em nada minha vida; me sinto genial, muito feliz. A operação foi há dois anos e continuo bem. Não senti medo, pelo menos uma vez tomei a decisão certa. No início pensei que não podia enfrentá-lo, mas não tive outra alternativa. Meu médico fez 4 mil operações similares e todas saíram bem. Confiei na estatística".
Seus problemas com o álcool têm uma origem. Uma lembrança trágica e permanente. Ele e Robert De Niro foram as duas últimas pessoas que estiveram com John Belushi na noite de sua morte por uma overdose de drogas em 1982.
Isso levou Williams a ingressar em um programa de desintoxicação e a combater os fantasmas que o perseguiam há anos.
Hoje, o ator exala felicidade. Após seu casamento em outubro com Susan Schneider, volta a emprestar a voz a Ramón (um pinguim paquerador) e Lovelace (um pinguim guru), dois personagens da sequência de "Happy Feet: O Pinguim" que ganhou o Oscar de melhor animação em 2007.
No novo filme, a fauna da Antártica irá lutar mais uma vez contra a mudança climática, enquanto o protagonista, Erik, recebe uma lição de vida por causa dos seus problemas com a dança.
Ramón se esforça para conquistar a pinguim fêmea interpretada pela colombiana Sofia Vergara.
"Ramón é um machinho e está amando. Como é de se esperar, é difícil interpretar alguém apaixonado por Sofia", disse o ator entre risos. "Pessoalmente ela é alucinante. Doce, divertida e sexy. Sinto a necessidade de tocá-la para ver se é real. E ela é, graças a Deus", elogiou.
O ganhador do Oscar como melhor ator coadjuvante em "Gênio Indomável" (1997) e protagonista de filmes como "Sociedade dos Poetas Mortos" (1989) e "Uma Babá Quase Perfeita" (1993), acabou de terminar as filmagens de "The Wedding" ("O Casamento" em tradução livre), uma comédia onde reencontra seu amigo De Niro, com quem trabalhou em "Tempo de Despertar" (1990).
"Foi um máximo: trabalhar com ele é sempre divertido, é meu amigo e o conheço bem, assim como a Susan Sarandon. Mas ter conseguido fazer a Diane Keaton rir foi extraordinário. Ela esteve com Woody Allen, por isso é exigente", disse.
As risadas são sua vida e vai continuar comprometido com isso. Mas essa dedicação foi fruto da casualidade, quando decidiu estudar teatro no último ano da faculdade pensando que assim conheceria meninas.
"Só queria namorar! Sei que muitos atores também começaram assim. Fiz a peça e as pessoas me disseram: "Não sabia que você era divertido". E respondia: 'Eu também não'. Foi assim que tudo começou", comentou.
Robin Williams continua sendo esse jovem tímido e reservado quando tenta recordar suas lembranças nos bastidores. Se considera calado, reservado e observador. Em sua vida pessoal aprendeu a guardar energia e não ser tão "explosivo" o tempo todo.
"Antes eu era muito nervoso e me dava mal. Mas não sou tão louco como pensam", admitiu.
É por isso que, apesar da experiência como comediante nos palcos, rejeitou várias vezes apresentar o Oscar sozinho (apresentou uma vez com Alan Alda e Jane Fonda em 1983).
"Quando terminou soube que nunca mais faria de novo", reconheceu o intérprete. "É muito difícil. Ninguém te agradece. Se exagera, é cruel. Se é respeitoso, é um frouxo. E quanto mais o tempo passa, mais a sala se enche de perdedores". O melhor é o Globo de Ouro, onde a barra é livre e a m... voa em todo mundo".
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