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Robert Redford volta à direção com o disperso "Conspiração Americana"

Robert Redford fala durante a coletiva de imprensa do Festival de Sundance 2011 (20/01/2011) - Getty Images
Robert Redford fala durante a coletiva de imprensa do Festival de Sundance 2011 (20/01/2011) Imagem: Getty Images

Por Alicia García de Francisco.

01/12/2011 22h21

Redação Central, 1 dez (EFE).- A paixão dos americanos por conspirações e o temor perante o possível assassinato de seus presidentes se unem em "Conspiração Americana", a última incursão de Robert Redford na direção, um filme mais preocupado com um preciosismo formal da estética do que com o realismo histórico.

James McAvoy e Robin Wright protagonizam a produção que também conta com nomes como Kevin Kline, Evan Rachel Wood e Tom Wilkinson. Contudo, este elenco de peso não é suficiente para sustentar uma história que se perde ao priorizar elementos supérfluos.

O filme começa com o assassinato do presidente Abraham Lincoln e narra a busca pelos culpados e o julgamento de Mary Surrat, uma mulher acusada de encobrir a conspiração e mãe de um dos envolvidos.

Wrigth como Surrat e McAvoy como seu advogado se esforçam para levar humanidade a personagens cujas personalidades quase não aparecem, sendo insuficientes para justificar suas atuações.

Uma ambientação bastante pobre e figurantes caracterizados no século 19, mas pouco convincentes, contribuem para a falta de realismo em uma história de época. Sua fotografia preciosista oculta o pouco interesse de uma história que não se centra nem no julgamento nem nas relações entra as personagens.

Na tentativa de ampliar a temática e abranger ao mesmo tempo diversos elementos da narrativa, Redford acabou não se concentrando em nenhum deles, como já fez antes em direções como as de "Nada é Para Sempre" e "O Encantador de Cavalos".

Uma carreira como cineasta supervalorizada desde sua estreia com "Gente como a Gente", que levou um desmerecido Oscar e gerou enormes expectativas em seu trabalho como diretor que nunca se cumpriram.