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Espanha e América Latina marcam presença no Festival de Berlim

08/02/2012 14h23

Berlim, 8 fev (EFE).- O cinema espanhol chega à 62ª edição do Festival de Berlim com uma maior representação, tanto na luta pelo Urso como fora de concurso, enquanto que a América Latina mostrará a seus jovens autores como uma seleção de obras primas, incluindo dois filmes nacionais e uma produção luso-brasileira.

Nesta quinta-feira, o festival apresentará em sua abertura o longa "Les Adieux à Reine", de Benoît Jacquot. Além da produção hispano-francesa, que traz Diane Kruger no papel de María Antonieta, Berlim também aguarda Javier Bardem, Antonio Banderas, Victoria Abril e Salma Hayek.

O festival também destaca o espanhol "Dictado", de Antonio Chavarrías, enquanto o cinema latino-americano se apresenta com a produção luso-brasileira "Tabu", de Miguel Gomes, e "Metéora", de Spiros Stathoulopoulos, que nasceu em Bogotá.

"Les Adieux à Reine" apresenta uma sexy María Antonieta à caminho da guilhotina, enquanto "Dictado", de Chavarrías e com Juan Diego Botto, Barbara Lennie e Mágica Pérez, é um "inquietante thriller psicológico", descreve o diretor do festival, Dieter Kosslick.

Chavarrías - que em 2009 esteve em Berlim como coprodutor de "A Teta Assustada", assinado pela peruana Claudia Llosa e vencedor do Urso de Ouro -, volta a Berlim como participante "de plenário direito". A própria Llosa também estará no festival, agora com o curta "Loxoro", de produção espanhola, peruana, argentina e americana.

Outra conhecida do Berlinale também é esperada sobre o tapete vermelho. Trata-se da atriz Victoria Abril, ganhadora do Urso de prata por "Amantes", que volta ao festival como protagonista de "The Woman Who Brushed Off Her Tears", exibido na seção Panorama.

Esta seção também apresentará Salma Hayek à frente do vistoso "A Chispa da Vida", de Álex de la Iglesia.

Antonio Banderas e Javier Bardem, os dois atores mais internacionais do cinema espanhol também marcam presença no Berlinale. Banderas aparecerá na seção Special com "Haywire", dirigido por Steven Soderbergh.

Bardem apresentará "Filhos das Nuvens. A Última Colônia", um documentário dirigido por Javier Longoria, centrado no conflito saharaui, o mesmo que "Wilaya", dirigida por Pedro Pérez Rosado.

A inclusão de ambos os filmes faz parte da escolha de Kosslick por trabalhos centrados nas revoltas árabes e nas consequências do pós-colonialismo na África como eixo temático do festival.

A América Latina também marcará presença no Berlinale com o argentino "Escuela Normal", de Celina Murga, e "La Demora", de Rodrigo Plá. Outros seis filmes disputam o prêmio de melhor estreia, como o colombiano "Chocó", de Jhonny Hendrix Hinestroza (seção Panorama), e o argentino "Salsipuedes", de Mariano Luque (na seção Fórum).

A seção Generation apresenta os outros quatro candidatas a melhor estreia: "Pacha", de Héctor Ferreiro, o argentina "Nosilatiaj", de Daniela Seggiaro; o mexicano "Um Mundo Secreto", de Gabriel Mariño; e "Una Noche", de Lucy Mulloy.

O festival também abre espaço para o chileno "Joven y Alocada", de Marialy Rivas, e o curta nacional "L", de Thais Fujinaga.

Na seção curta, o Berlinale destaca o chileno "La Santa", de Mauricio López Fernández; o brasileiro "Licuri Surfe", de Guile Martins, e o venezuelano "Nostalgia", de Gustavo Rondón Córdova.