Brasil e Argentina competem na 10ª edição do IndieLisboa

Lisboa, 18 abr (EFE).- O filme brasileiro "Eles Voltam", de Marcelo Lordello, e a co-produção argentino-franco-holandesa "Leones", dirigida por Jazmín López, disputam o máximo prêmio da décima edição do IndieLisboa, inaugurada nesta quinta-feira.

Ambos competirão até 28 de abril com outros nove pelo prêmio de melhor longa-metragem internacional "Cidade de Lisboa", dotado de 10.000 euros (US$ 13 mil) e que no ano passado foi vencido pelo filme chileno "De Jueves a Domingo", da jovem produtora chilena Dominga Sotomayor.

Lordello (Brasília, 1981) narra em seu filme a história de um casal de irmãos que são abandonados em uma valeta por seus pais em uma tentativa por voltar para casa.

A obra-prima de terror realizada por Jazmín (Buenos Aires, 1984) acompanha um grupo de jovens que praticamente só aparecem de costas para a câmera durante seu inquietante percurso em círculos em uma floresta na busca por uma cabana.

Após praticar um misterioso jogo de palavras, começam a proteger-se de algo que nenhum parece se lembrar.

Durante esta décima edição, serão mostradas no total 245 obras (80 longas-metragens e 165 curtas), entre as quais destaca-se a ampla presença ibero-americana com filmes de Espanha, Peru, Paraguai, Cuba e Venezuela.

O certame, de caráter independente e que nesta edição debaterá sobre a escassez de novas ideias em Hollywood, também tem espaço para obras de grande reconhecimento internacional, entre o público e a crítica, como "Spring Breakers", de Harmony Korine, e "No", de Pablo Larraín, primeiro filme chileno indicado ao Oscar, que abriu o Festival.

A décima edição do IndieLisboa, um dos mais importantes festivais cinematográficos de Portugal, será encerrado com a exibição de outro filme muito esperado, "Before Midnight", a terceira parte da história de amor protagonizada por Ethan Hawke e July Delpy, dirigido por Richard Linklater.

Além da competição oficial e as exibições fora do concurso, durante estes dias será realizado uma homenagem ao diretor austríaco Ulrich Seidl e serão dedicados espaços a linguagens cinematográficas emergentes, àquelas obras centradas em problemas sociais e a atividades musicais.