Brigitte Bardot diz que deixou cinema por estar "farta dessa vida vazia"
A atriz Brigitte Bardot, que completa 80 anos neste domingo (28), explicou que deixou o cinema porque estava "farta dessa vida superficial, vazia" e porque decidiu dedicar sua vida aos animais, que, ao contrário dos homens, não pedem nada e lhe dão tudo.
Estas são algumas das respostas que Brigitte Bardot deu em duas entrevistas publicadas hoje pelos jornais "Le Parisien" e "Le Journal du Dimanche" por ocasião de seu aniversário, nas quais insistiu que não lamenta em nada sua história, e que o que mais lhe agrada de sua personalidade é a franqueza.
Símbolo sexual nos anos 50 e 60, a estrela assegura que aceita a passagem do tempo e o envelhecimento, disse que deixou o cinema em 1973 porque "estava farta dessa vida superficial, vazia", e porque seu amor pelos animais a levou "a dedicar a vida a eles".
Sobre os atores que mais a fascinaram, a estrela indicou que não guarda nenhuma lembrança indelével, salvo daqueles pelos quais se apaixonou, sem citá-los. Ela, no entanto, reconhece que sua relação com o cantor e músico Serge Gainsbourg foi "uma paixão fulgurante".
Defensora dos animais
"Gosto dos animais porque são as vítimas inocentes da crueldade humana, que não tem limites", conta antes de acrescentar que, se os defende, é porque eles não podem fazer isso sozinhos. "[Os animais] dão tudo e não pedem nada. Os homens, ao contrário, pedem tudo e não dão nada."
À frente da fundação pelos animais que tem seu nome, a ex-atriz reitera sua admiração pela presidente do partido ultradireitista Frente Nacional, Marine le Pen, embora não concorde com ela em suas posições a favor da caça, das touradas e dos interesses dos criadores de gado. "Ninguém é perfeito."
Brigitte Bardot ainda disse que não se candidataria para defender seus ideais porque não gosta do mundo da política. "Desprezo demais a política e não entendo nada de suas pequenas picaretagens."
Segundo Bardot, ela conversou com todos os presidentes franceses desde Georges Pompidou para pedir medidas para reduzir o sofrimento dos animais, mas "não obteve mais do que promessas descumpridas".
Seu primeiro animal foi um cachorro que se chamava Clown, um cocker preto que ganhou de presente de seu primeiro marido, o diretor de cinema Roger Vadim. Mas de quem guarda a melhor lembrança é de um pato que lhe deram de presente no México durante a gravação de "Viva Maria" em 1956, e que a seguia por todas as partes. "Essa história de amor me marcou muito e desde então odeio os que comem pato."
De fato, quando o jornalista de "Le Journal du Dimanche" lhe perguntou sobre o que ela gostaria para seu aniversário, Brigitte Bardot pediu que ele virasse vegetariano.
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