"...E o Vento Levou" faz 75 anos ainda como maior bilheteria da história
O clássico "...E o Vento Levou" completa 75 anos de sua estreia, em 15 de dezembro de 1939 em Atlanta, na Geórgia, quando promoveu um grande encontro de estrelas que acabou com uma década tortuosa para Hollywood ao realizar uma de suas mais ambiciosas produções.
"... E o Vento Levou" arrecadou mais de US$ 400 milhões nas bilheterias de todo o mundo, valor absurdamente inimaginável para a época, que equivale hoje a US$ 6,832 bilhões. Ainda hoje, considerando a inflação, o filme é o de maior bilheteira de todos os tempos, na frente de "Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança" (1977) e "A Noviça Rebelde" (1965), segundo o site Box Office Mojo.
Hoje o filme faz parte da cultura popular, com frases icônicas repetidas, inclusive, por quem nunca assistiu por quatro horas a história do amor impossível entre Scarlett O'Hara (Vivien Leigh) e Rhett Butler (Clark Gable), no fim da Guerra de Secessão dos Estados Unidos.
"Com Deus por testemunha, eu nunca sentirei fome novamente"; "Francamente, querida, eu não dou a mínima" e "Por pior que seja à noite, amanhã é outro dia", são algumas das frases que ultrapassaram o limite do roteiro e ganharam o imaginário popular.
Sydney Howard recebeu um Oscar pela adaptação do romance de Margaret Mitchell, vencedora do Pulitzer em 1937, um dos dez que o longa ganhou, ao impressionar a Academia mais por suas qualidades técnicas do que por suas atuações.
Gable viu Robert Donat levar a estatueta de melhor ator por "Adeus, Mr. Chips", e somente Hattie McDaniel, a estranha "Mammy", e Leigh levaram o prêmio nas categorias interpretativas, a primeira como coadjuvante e a segunda como melhor atriz principal.
Leigh, que não simpatizou muito com Gable no set, ganhou o papel após passar por um casting que durou dois anos e que testou 1.400 atrizes, e para o qual o produtor David O'Selznick ventilou estrelas como Katherine Hepburn, Joan Crawford, Lana Turner e Paulette Godard.
Gable foi a alternativa a Gary Cooper, que preferiu não participar do filme por acreditar que seria um fiasco.
O'Selznick teve US$ 3,9 milhões (o equivalente a US$ 66,7 milhões em valores atuais) para fazer o filme, uma fortuna para a Hollywood da época, que só tinha gasto mais em "Ben-Hur" (1925) e "Anjos do Inferno" (1930).
O produtor usou 50 atores e 2.400 figurantes, e teve problemas com os diretores, contratando e demitindo vários, até que finalmente Victor Fleming assinar o filme e ganhar o Oscar por ele.
Na época, O'Selznick orquestrou uma campanha de lançamento que acabou convencendo o governador do Estado a declarar feriado no dia da estreia.
Estima-se que um milhão de pessoas se aproximaram do Loew's Grand Theater para tentar ver o elenco do filme do qual tanto tinha se falado.
O museu Road to Tara, em Jonesboro, na Geórgia, mantém vivo o legado daquele filme que volta a ser protagonista com visitas guiadas para percorrer os locais narrados no romance de Mitchell e apresentados no filme, além de exibições em diversos cinemas do país.
Entre junho e setembro, foram publicadas três obras literárias em torno do fenômeno de "...E o Vento Levou": a reedição de uma biografia de Margaret Mitchell, uma análise da correspondência trocada durante as filmagens e um livro de perguntas e respostas sobre o filme.
Além disso, a Warner Bros., que possui os direitos do filme que estreou pela Metro-Goldwyn-Mayer, lançou uma edição especial e limitada em formato Blu-ray.
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