Egito proíbe "Êxodo", com Christian Bale, por contar história "distorcida"
As autoridades egípcias proibiram a exibição em todos os cinemas do país do filme americano "Êxodo: Deuses e Reis", que narra a vida de Moisés no Egito, por contar uma história "distorcida".
O chefe da censura, Abdel Sattar Fathi, explicou nesta quinta-feira (25) ao jornal "Al Watan" que uma comissão viu uma cópia do filme e concluiu que a produção "tenta transferir informação distorcida de cenas religiosas e históricas".
Fathi lamentou que o filme determine que "os judeus estiveram envolvidos na construção das pirâmides de Guiza como povo eleito por Deus" e que passe a imagem que os egípcios são "demagogos" e que "torturaram" os seguidores do judaísmo.
Outro dos motivos que levaram à censura é que o filme "mostra o divino através da encarnação de Deus na foto de um bebê" e tenta "manipular" o Corão, segundo Fathi.
"Êxodo: Deuses e Reis", dirigido por Ridley Scott e protagonizado por Christian Bale, gira em torno da vida do profeta Moisés desde seu nascimento e recria a história da libertação do povo hebraico no Antigo Egito. O filme estreou nesta semana no Brasil.
No último mês de março, a instituição religiosa Al-Azhar, a mais prestigiada do islã sunita, pediu no Egito a proibição da projeção do filme "Noé", com Russel Crowe, por considerá-lo contrário à lei islâmica.
Os filmes de certo conteúdo erótico ou religioso são examinados com lupa pela censura no Egito, que, da mesma forma que outros países árabes, costuma proibir aqueles projetos que considera que atentam contra a moral pública ou a doutrina islâmica.
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