Estados Unidos solicitam extradição do diretor Roman Polanski à Polônia
As autoridades americanas solicitaram à Procuradoria da Polônia a extradição do cineasta Romam Polanski, reclamado pela Justiça do país desde 1978 por abuso sexual contra uma menor em Los Angeles.
A Procuradoria Geral polonesa informou nesta quarta-feira (7) sobre a solicitação de extradição, que já foi remetida ao escritório fiscal da Cracóvia (sul da Polônia) para sua tramitação.
Em outubro do ano passado, as autoridades americanas pediram a detenção do cineasta polonês quando este se encontrava em Varsóvia.
Polanski tinha chegado a Varsóvia para participar da cerimônia de inauguração do Museu da História Judia da capital polonesa, momento em que os Estados Unidos solicitaram sua detenção.
Posteriormente, o cineasta se transferiu à Cracóvia, onde em 30 de outubro seus advogados se apresentaram perante a promotoria local para mostrar a plena disposição de Roman Polanski a comparecer caso fosse requerido, o que fez com que as autoridades polonesas dispensassem a necessidade de sua detenção.
Polanksi, de 81 anos e ganhador de um Oscar como melhor diretor pelo filme "O Pianista" (2002), mora na França, mas nos últimos meses passa períodos na Cracóvia onde planeja rodar um filme.
Acusado de ter relações sexuais com uma jovem de 13 anos de idade, Samantha Geimer, Polanski se declarou culpado em 1977, passou 42 dias na prisão e foi libertado sob pagamento de fiança.
Em 1978, Polanski fugiu dos Estados Unidos antes da audiência para fixar a pena, por temor que o juiz lhe impusesse uma punição severa.
Em 24 de dezembro, um tribunal de Los Angeles rejeitou um pedido da defesa legal do cineasta para fechar definitivamente o caso, que o impede de pisar em solo americano.
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