Polanski pede que audiência sobre extradição aos EUA seja a portas fechadas
A defesa do cineasta Roman Polanski pediu nesta sexta-feira que a audiência sobre sua extradição aos Estados Unidos, onde é acusado de um crime de abuso sexual cometido em 1977, seja a portas fechadas, sem a presença da imprensa.
O advogado do diretor, Jan Olszewski, informou hoje da solicitação de audiência privada apresentada frente ao tribunal da Cracóvia, no sul da Polônia.
A defesa de Polanski considera que a medida assegurará a proteção da privacidade do diretor perante as circunstâncias especiais do caso e o elevado interesse que despertou na imprensa de todo o mundo.
Polanski terá que comparecer na próxima quarta-feira na Corte de Cracóvia, cidade onde prepara as gravações de um novo filme, embora o tribunal que se pronunciará sobre o processo de extradição seja ainda desconhecido.
De acordo com a lei polonesa, se os juízes decidirem a favor da extradição, o ministro da Justiça do país deverá decidir em última instância se dá ou não sinal verde ao processo.
Polanski, de 81 anos e vencedor de um Oscar como diretor pelo filme "O Pianista" (2002), é acusado de ter mantido relações sexuais com uma jovem de 13 anos, Samantha Geimer, crime do qual se declarou culpado em 1997 e permaneceu na prisão por 42 dias, sendo liberado depois do pagamento de fiança.
Em 1978, ele fugiu dos Estados Unidos antes de uma audiência para determinar a pena, por medo de que o juiz lhe impusesse uma condenação severa.
No último dia 24 de dezembro, um tribunal de Los Angeles rejeitou o pedido da defesa do cineasta para fechar definitivamente o caso, o que o impede de pisar em solo americano.
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