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Boyega diz que olhar doce de Ridley criou química entre eles em "Star Wars"

Rubén Serrano

De Londres

17/12/2015 18h33

Novos protagonistas de "Star Wars: O Despertar da Força", os atores britânicos Daisy Ridley (Rey) e John Boyega (Finn) comemoraram a diversidade do novo elenco do filme, mais semelhante a existente nas ruas do mundo real.

Em entrevista concedida à Agência Efe em um hotel de Londres, a dupla que dividiu o protagonismo com os icônicos personagens da saga criada por George Lucas em 1977 - Han Solo, Leia Organa e Luke Skywalker - falou sobre a felicidade de fazer parte de "O Despertar da Força", o sétimo filme de "Star Wars".

Diferentemente de outros episódios da história, os papéis de protagonismo foram dados a uma mulher, Rey (Ridley), e a um homem negro, Finn (Boyega), que se unem às antigas estrelas para combater o malvado Kylo Ren (Adam Driver) e devolver paz à galáxia.

"Sim, isso é algo muito bom, porque tanto John como eu representamos muitas pessoas de todo o mundo", disse Ridley sobre a decisão dos roteiristas sobre os papéis principais.

Boyega também reconheceu que a mudança foi gratificante e afirmou que isso sempre deveria ocorrer em todos os filmes, já que elenco deve "refletir como o mundo é".

Não foram todos, porém, que gostaram dessa diversidade do universo de "Star Wars". O jovem de descendência nigeriana teve que lidar com críticas que questionaram seu papel pela cor de sua pele. No entanto, Boyega se negou a fazer declarações sobre o assunto.

No filme, a jovem britânica assume o papel de Rey, uma catadora de sucata independente e decidida, que não precisa da ajuda de um homem para lutar contra a tirania da Primeira Ordem.

"É maravilhoso ter uma personagem feminina como Rey na saga e é preciso agradecer ao J.J Abrams (diretor do filme)" disse Ridley, apesar de não considerar Rey como uma "mulher forte", algo que também ela não avalia como "primordial".

"As pessoas poderão descrevê-la assim antes de ver o filme, mas Rey é muito positiva, cheia de esperança e enfrenta os problemas abertamente. É muito valente", acrescentou a atriz.

Ao ser perguntada se teria gostado de lutar contra Darth Vader, principal vilão da primeira trilogia da saga, Ridley usou da ousadia de sua personagem para negar com contundência: "Estamos contando uma história nova, o resto é passado".

A também britânica Gwendoline Christie, que se esconde no primeiro filme sob a máscara da malvada Capitã Phasma, afirmou à Efe que ficou emocionada com a grande quantidade de personagens femininos presentes em "O Despertar da Força".

"As pessoas gostam de ver mulheres nesses papéis pouco convencionais, que vimos pouco e dos quais temos uma visão primária", lembrou Christie, conhecida por atuar como Brienne no seriado "Game of Thrones" agradecendo também pelo carinho dos fãs por seu trabalho.

Ridley e Boyega são londrinos - ela do bairro de Westminster, no centro da cidade, e ele de Peckham - e ambos têm 23 anos. Apesar de terem pouca experiência no cinema, graças a "O Despertar da Força", seus nomes estão para sempre presentes na história galática.

Mesmo com a juventude, os dois seguem com os pés no chão e relativizam como a participação no filme mudará suas vidas. Enquanto Ridley disse com um sorriso que "nada mudou", Boyega brincou, ao dizer que "foi tomar uma bebida e voltou mais cansado".

A dupla revelou que o fato de ambos serem britânicos ajudou nas gravações. Além disso, Boyega disse que o "olhar doce" de sua companhia fez com que uma "química" surgisse entre eles.

Assista ao trailer de "Star Wars: O Despertar da Força"

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