"Graças a Han Solo tive trabalho por toda minha vida", diz Harrison Ford
O ator americano Harrison Ford, um dos protagonistas de "Star Wars: O Despertar da Força", o sétimo episódio da saga criada por George Lucas em 1977, afirmou nesta quinta-feira (17) em entrevista à Agência Efe que graças a Han Solo, seu personagem na saga, ele teve outros trabalhos no cinema.
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"Ninguém podia imaginar que 32 anos depois eu voltaria a me vestir de Han Solo. Essa saga me deu oportunidades incríveis e, graças a esse contrabandista, tive trabalho por toda minha vida toda", afirmou o ator, de 73 anos.
"Agora, após tantos anos, J.J. Abrams me deu a oportunidade de fazer algo que eu adoro", disse Ford, protagonista do filme mais esperado do ano junto de sua antiga companheira de elenco, Carrie Fisher (Leia Organa), e dos jovens John Boyega (Finn) e Daisy Ridley (Rey), além de seu inseparável amigo Chewbacca (Peter Mayhew).
Vestido com um suéter verde, uma camisa branca e calça jeans, Ford recebeu a Efe um dia depois da pré-estreia do filme na Europa em um luxuoso hotel do centro de Londres.
Após uma longa espera de 32 anos - "O Retorno de Jedi", o último filme da trilogia original estreou em 1983 -, J.J. Abrams decidiu dirigir o faraônico projeto iniciado por George Lucas em 1977 com "Star Wars: Uma Nova Esperança", o episódio IV da saga.
"Me diverti muito durante a gravação. Essa é uma das grandes coisas de J.J. Não é só um diretor maravilhoso, mas é um excelente anfitrião. É uma pessoa que só se cerca de boa gente e que sabe tirar o melhor de cada um. Ir trabalhar todos dias era divertido", revelou o ator.
No filme, que se desenvolve 30 anos depois dos fatos ocorridos em "O Retorno de Jedi", Han Solo, junto ao inseparável Chewbacca, se reencontram com a princesa Leia, agora general Leia Organa.
"Voltar a gravar junto com Carrie e Mark (Hamill, Luke Skywalker) foi algo extremamente gratificante. Temos uma grande conexão, somos como uma família. E em uma família, você quer que as coisas sejam feitas bem. Representamos algo real e substancial, e estou muito feliz de fazer parte disso", disse o ator.
Por sua vez, J. J. Abrams, conhecido fã de "Star Wars", afirmou que o projeto foi o "maior desafio de sua carreira". Mas ainda faltam dois filmes para completar a terceira trilogia da série.
"Foi um privilégio absoluto e uma experiência quase irreal poder trabalhar com esses atores neste mundo tão incrível criado por George Lucas", comentou o diretor em entrevista à Efe.
"Foi o desafio mais importante da minha carreira, de longe. Toda a equipe e eu sentíamos a responsabilidade e, algumas vezes, parecia que não íamos encontrar as respostas. Mas todos fizeram um trabalho fabuloso e, finalmente, conseguimos", acrescentou.
Abrams, de 49 anos, um dos diretores mais promissores de Hollywood, buscou recuperar "todo o espírito dos filmes originais" no sétimo e novo episódio da série.
"Fui, e ainda sou, fã dos filmes originais, eles eram muito especiais pra mim. E por isso tentei captar e recuperar todo o espírito neste novo episódio", afirmou.
Para isso, o diretor pôde contar novamente com Ford, Fisher e Hamill, os três protagonistas da primeira trilogia: "Star Wars: Uma Nova Esperança" (1977), "Star Wars: O Império Contra-Ataca" (1980) e "Star Wars: O Retorno de Jedi" (1983).
"Tenho que reconhecer que, no princípio, trabalhar com eles era algo que me intimidava. Mas depois você pensar que são atores que querem trabalhar e fazer o melhor possível. Me comportei como diretor, não como fã que realmente sou", ressaltou Abrams.
O filme, ao contrário da segunda trilogia da saga - "Episódio I: A Ameaça Fantasma" (1999), "Episódio II: Ataque dos Clones" (2002) e "Episódio III: A Vingança dos Sith" - foi elogiado de forma unânime pelos fãs e pela crítica.
"Não posso controlar as expectativas de cada um. Mas essa era uma oportunidade de contar uma história que eu não podia deixar passar. Estou encantado que as pessoas tenham gostado do filme. Sempre vai ter alguém que não vai pensar assim. Todos têm sua opinião e agradeço a cada um deles", concluiu Abrams.
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