DiCaprio ou Fassbender: Quem leva a melhor nas premiações de 2016?

Faltam apenas alguns dias para a entrega dos Globos de Ouro e para o anúncio das indicações ao Oscar e já se prenuncia um duro duelo entre Leonardo DiCaprio e Michael Fassbender pelo título de melhor ator, com Bryan Cranston e Eddie Redmayne à espreita.

O mexicano Alejandro González Iñárritu presenteou DiCaprio com um desses papéis para arrasar em todos os prêmios: o de um caçador atacado por um urso na América do século 19, a história real contada em "O Regresso".

Com sua interpretação, mais baseada no aspecto físico do que nos diálogos, o ator buscará mais uma vez seu ansiado Oscar, após quatro indicações, por "Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador", "O Aviador", "Diamantes de Sangue" e "O Lobo de Wall Street".

E embora seja um dos grandes favoritos, enfrenta atores que também deslumbraram com suas interpretações.

Especialmente Michael Fassbender, que está em todas as apostas dos prêmios pelo papel de Steve Jobs, o cofundador da Apple, no filme homônimo dirigido por Danny Boyle.

Fassbender recria com muita força um personagem tão complexo como Jobs e sem cair no habitual mimetismo com que muitos atores interpretam pessoas reais.

Esse papel confirma o auge de um ator que deu outra lição de interpretação em "Macbeth" e que se transformou em poucos anos em um nome imprescindível do cinema mundial.

Mas os dois atores tiveram uma trajetória muito diferente.

Leonardo DiCaprio surpreendeu a todos com apenas 18 anos em "Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador", pelo qual recebeu sua primeira indicação ao Oscar, como melhor ator coadjuvante, e que o colocou imediatamente como a grande promessa de Hollywood.

Mas apesar do sucesso e de ter participado de muitos bons filmes - é um dos atores prediletos de Martin Scorsese -, aos 41 anos DiCaprio ocupou mais páginas das revistas de fofoca por seus romances com modelos do que as especializadas em cinema.

E embora tenha ganhado dois Globos de Ouro, não é um dos atores mais bem tratados pela crítica, além de ter ficado sempre no 'quase' na disputa pelo Oscar que busca há mais de 20 anos.

Muito diferente é a carreira de Fassbender, que estreou tardiamente, aos 24 anos, na televisão, e que passou para a telona com um pequeno papel em "300" (2006).

Mas não seria até o duríssimo "Fome", em 2008, quando já tinha passado dos 30 anos, que chamou a atenção por sua interpretação de Bobby Sands, membro do IRA que morreu após uma greve de fome na prisão.

Fassbender foi dirigido por Steve Mcqueen, o mesmo diretor que o escolheu para "Shame" (2011), filme pela qual ganhou a Copa Volpi de melhor ator no Festival de Veneza de 2011 e que foi sua consagração.

Sua até agora única indicação ao Oscar chegou como coadjuvante por "12 Anos de Escravidão" (2014), enquanto alternava papéis em blockbusters, como "X-Men", com papéis dirigidos por David Cronenberg e Steven Soderbergh.

Sua interpretação de Steve Jobs valeu a ele até agora a indicação ao Globo de Ouro e aos prestigiados prêmios do Sindicato de Atores dos Estados Unidos (SAG) e a mídia especializada dá como certo que concorrerá ao Oscar. Exatamente igual a Leonardo DiCaprio.

A dúvida é se um dos dois ganhará o maior reconhecimento do cinema, o Oscar, ou se algum de seus concorrentes aguará a festa.

Quem pode fazer isso é Bryan Cranston, conhecido por ser o protagonista da série "Breaking Bad", e que se destacou pela primeira vez no cinema por sua interpretação do escritor e roteirista Salton Trumbo em "Trumbo: Lista Negra".

Ou o britânico Eddie Redmayne, que ano passado levou a estatueta por "A Teoria de Tudo", e que este ano é um dos favoritos por "A Garota Dinamarquesa", em que interpreta o pintor dinamarquês Einar Wegener, a primeira pessoa que realizou uma operação de mudança de sexo.

E correndo por fora estão Christian Bale e Steve Carell, os dois protagonistas de "A Grande Aposta".

Veja as atuações de DiCaprio e Fassbender

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"Steve Jobs"

"O Regresso"

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