Polícia britânica investiga mais três denúncias de abusos contra Weinstein
A Scotland Yard, a Polícia Metropolitana de Londres, investiga mais três denúncias de agressão sexual contra o produtor de cinema Harvey Weinstein, informou neste domingo (15) a agência britânica "PA".
Chegaram à Scotland Yard três novas acusações por crimes supostamente ocorridos em 2010, 2011 e 2015, que se somam a outra denúncia informada na quinta-feira, por uma agressão cometida nos anos 80.
A agência especifica que estas quatro denúncias foram feitas por duas pessoas, cujas identidades não foram reveladas de forma oficial.
Paralelamente, a atriz britânica Lysette Anthony confessou ao jornal "The Sunday Times" que denunciou Weinstein por um estupro em seu apartamento de Londres no final dos anos 80. Além disso, outra mulher anônima afirmou ao "Mail on Sunday" que acusou o produtor de estupro em 1992, quando trabalhava em seu escritório londrino.
No início de outubro começaram a surgir as primeiras acusações contra Weinstein, cofundador dos estúdios Miramax e The Weinstein Company, com dezenas de atrizes que revelaram terem sido vítimas de abusos sexuais.
A Academia de Hollywood anunciou no sábado que expulsou o produtor do seleto clube para enviar ao mundo a mensagem de que "a era da ignorância deliberada e a cumplicidade vergonhosa" com os abusos sexuais terminou.
Esta expulsão representa uma importante mudança de rumo na Academia, que durante anos defendeu que as conquistas profissionais estavam separadas dos escândalos e, por isso, rejeitou expulsar o comediante Bill Cosby, acusado de abusos sexuais por cerca de 60 mulheres.
A Academia também não expulsou o cineasta Roman Polanski, acusado de abuso de menores, e nem reprimiu o ator Mel Gibson, quem em 2006, em estado de embriaguez, proferiu duros comentários contra os judeus e em 2010 agrediu a então namorada.
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