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Nova temporada de "Walking Dead" estreia neste domingo com 100º episódio

O ator Andrew Lincoln em cena de "The Walking Dead" - Reprodução
O ator Andrew Lincoln em cena de "The Walking Dead" Imagem: Reprodução

Antonio Martín Guirado

Los Angeles (EUA)

21/10/2017 10h21

Não resta dúvida de que "The Walking Dead" continua sendo uma das séries de maior destaque da televisão, mas, após sete temporadas e com a oitava prestes a estrear este domingo (22), os zumbis vêm dando alguns sinais de que estão perdendo a fome, embora isso não pareça afetar os planos da emissora "AMC".

No final da última temporada, um episódio de 90 minutos titulado "The First Day Of The Rest of Your Life" contou com a audiência de 11,3 milhões de espectadores em 2 de abril deste ano, 20% menos que no encerramento da sexta temporada.

A audiência da sétima temporada foi a terceira mais baixa registrada pela série, unicamente atrás dos 5,97 milhões de espectadores da primeira temporada e os 8,99 milhões da segunda, de acordo com dados da consultora Nielsen.

A tendência é inequívoca, já que a queda vem se acentuando desde a quinta temporada: dos 14,4 milhões de espectadores de média (com um pico histórico de 17,3 milhões em seu primeiro episódio), aos 13,2 milhões da sexta e aos 11,4 milhões da sétima.

Mas, na realidade, nada disso importa, já que "The Walking Dead" mantém uma vantagem tão grande em relação aos seus concorrentes imediatos que, ainda que a queda continue sem freio, há margem de sobra para a série continuar dando lucros.

Na faixa demográfica de adultos entre 18 e 49 anos, a mais valorizada pelos anunciantes, "The Walking Dead" supera de forma abismal séries como "The Big Bang Theory", "Empire", "This Is Us" e, inclusive, "Game of Thrones".

Zumbi de "The Walking Dead" - Reprodução - Reprodução
E os zumbis continuam esperando em "The Walking Dead"
Imagem: Reprodução

"A série está muito viva e vamos continuar com ela durante muito tempo", disse recentemente Josh Sepan, diretor executivo da "AMC Networks", que minimizou a importância da queda de audiência, consciente de que muitos espectadores a acompanham através de serviços "on demand" ou pela internet.

"Há uma queda geral quanto ao número de assinantes de pacotes de televisão e essa tendência vai se acelerar enquanto os preços se ajustam, os pacotes se ajustam, as ofertas sob medida são preparadas e novas plataformas chegam ao mercado", declarou Sepan, em referência às novas formas digitais de consumir conteúdo.

A oitava temporada começará com o episódio número 100 da série, baseada na história em quadrinhos homônima de Robert Kirkman, que em agosto denunciou a rede "AMC" por considerar que a divisão de lucros não foi justa com todas as partes.

Trata-se de uma medida similar à adotada por Frank Darabont, que foi demitido do cargo de produtor-executivo da série na segunda temporada e exige uma indenização de US$ 280 milhões.

Apesar das polêmicas, "The Walking Dead" promete nos próximos episódios retomar a fórmula que sempre funcionou: reunir os protagonistas ao invés de relatar suas vivências separadamente e confrontá-los com um grande vilão (Negan) e seus capangas ("the saviors").

"Tomara que as pessoas que disseram que nunca mais veriam a série retornem", comentou Jeffrey Dean Morgan, ator que encarna Negan, em declarações ao jornal "The New York Times". "Haverá grandes recompensas", acrescentou.

"The Walking Dead", protagonizada por Andrew Lincoln, Lauren Cohan e Dean Morgan, entre outros, estreou em outubro de 2010 e, em 2011, foi indicada ao Globo de Ouro de melhor série dramática para televisão.

Além disso, gerou uma série derivada, "Fear the Walking Dead", que a "AMC" começou a transmitir em agosto de 2015, e um espaço televisivo, "Talking Dead", focado na análise dos pormenores de cada episódio.