Heroína de "Resident Evil" amadureceu ao longo da série, avalia Mila Jovovich
Sequências de filmes são feras malignas. Os fãs querem mais, mas diferente, algo familiar, mas novo. É um equilíbrio difícil de atingir. Esse é especialmente o caso de “Resident Evil 4: Recomeço”, a terceira sequência do filme de horror/ficção científica –e o primeiro em 3D– baseado no videogame “Resident Evil” e que estreia no Brasil nesta sexta-feira (17).
“Eu adoro o fato de haver um grande número de personagens do game que podemos continuar introduzindo a cada filme”, diz Milla Jovovich, que é a constante da série e estrela novamente como Alice, a heroína aprimorada, infectada pelo vírus T, em busca de vingança.
“É ótimo porque sempre há algo novo para o público, novas pessoas e novas situações. Além disso, neste filme, nós realizamos sequências de ação incríveis e, devido à tecnologia 3D, qualquer coisa que pensássemos a respeito das sequências de ação, nós realmente podíamos elevá-la ao próximo nível.”
“Mesmo se não fosse em 3D eu acho que há muito lá. Nós tivemos tantas locações incríveis. Ele é épico e há muitos cenários fantásticos. Nós vamos da sede da Umbrella em Tóquio até uma Los Angeles pós-apocalíptica, com muitas cenas incríveis de Los Angeles incendiada até sobrar quase nada. Há muitas cenas lindas neste filme que podem interessar qualquer um, independente de ser ‘Resident Evil’ ou não.”
Com lançamento nos Estados Unidos em 10 de setembro, “Recomeço” começa logo após os eventos de “Resident Evil 3: A Extinção” (2007). Ainda determinada a derrubar a Umbrella e seu chefe, Wesker (Shawn Roberts), Alice tem sua melhor chance quando encontra a base da empresa na dizimada Los Angeles. Ela une forças com figuras familiares, como Jill Valentine (Sienna Guillory), K-Mart (Spencer Locke) e Claire (Ali Larter), assim como recém-chegados como o irmão de Claire, Chris (Wentworth Miller), em um esforço para superar um exército de zumbis e enfrentar Wesker.
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Evolução
Falando por telefone da casa em Los Angeles que divide com seu marido, o roteirista/produtor/diretor Paul W.S. Anderson, e a filha de 2 anos do casal, Ever, Jovovich diz que um elemento de “Recomeço” que a atrai é a constante evolução da personagem principal. Alice está mais velha, mais sábia, mais furiosa e, bem, ela está multiplicada: os clones de Alice participam da desordem.
“Alice percorreu uma longa jornada ao longo desses filmes”, diz Jovovich, 34 anos. “Em ‘Residente Evil –O Hóspede Maldito’ (2002) ela tinha perdido sua memória e nem sabia o que estava fazendo e nem por quê. No segundo, ela percebeu que tinha causado o acidente e tentou de alguma forma se redimir. E no terceiro ela teve um chip implantado nela, o que possibilitou para a Organização Umbrella segui-la, a transformando em uma solitária e fazendo com que se afastasse das pessoas que gosta, para que a Umbrella não as encontrasse.”
“Agora, neste filme, é dado outro passo à frente. Ela agora é mais ela mesma, mais a pessoa que deseja ser. Ela ainda está furiosa, tentando destruir a Umbrella, mas ao mesmo tempo eu acho que ela está mais humana, está um pouco mais capaz de começar e manter relacionamentos com outras pessoas. Ela pode novamente trabalhar em equipe, em vez de estar sempre por conta própria.
“Eu acho que isso foi interessante para mim. Isso me permitiu adicionar mais humanidade à Alice. Eu também lhe acrescentei senso de humor, uma leveza que acho que ela não tinha nos filmes até o momento. Ela está se divertindo mais agora. Ela tem a situação sob controle e sabe o que está fazendo, de forma que agora ela pode se divertir um pouco enquanto faz o que faz.”
Quinta parte
“Resident Evil 3: A Extinção” arrecadou mais de US$ 150 milhões em todo o mundo, abrindo caminho para “Recomeço”. E, graças ao bom desempenho de “Recomeço”, a atriz já revelou que o quinto filme da série vai ser produzido.
“Nós já estamos pensando no próximo filme”, diz Jovovich prontamente. “E não é por que alguém nos pagou para pensar nele. É difícil, quando você está tão próxima de algo assim, não pensar no que acontecerá a seguir, tipo, ‘Não seria bacana se fizéssemos outro filme e isso ou aquilo acontecesse?’ ou ‘Por que não trazemos aquele personagem de volta?’”
“Nós estamos sempre pensando a respeito e temos ideias para outro filme, se tivermos sorte de ter a chance de fazê-lo. Eu acho que os fãs ficariam realmente empolgados com muitas dessas ideias, de forma que espero ter a oportunidade de fazer com que aconteça.”
(Ian Spelling é jornalista free lance baseado em Nova York.)
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