Correspondentes estrangeiros elogiam ''Tropa de Elite 2'', mas acham que filme tem menos apelo no exterior
A canção-tema de "Tropa de Elite" diz que ela é “osso duro de roer e também vai pegar você”. Foi verdade com o primeiro filme, que arrematou o Urso de Ouro em Berlim, prova que a obra teve grande repercussão internacional. O capitão Nascimento pegou os gringos pelo pescoço uma vez, mas será que repete o feito na continuação? Parte da imprensa estrangeira que viu "Tropa de Elite 2" nesta sexta (8) acha que não. O filme teve uma sessão fechada para elenco, produção, familiares e amigos, além de jornalistas estrangeiros e veículos como o UOL Cinema.
A opinião geral dos jornalistas gringos é que o longa-metragem é mais maduro e profundo que a obra original, porém a trama voltada para os meandros da política de segurança pública do Rio pode afastar o público estrangeiro. “O primeiro foi um grande sucesso na Argentina. Ele fala de um clichê mundial, as favelas do Rio, e essa continuação tem um foco mais local”, considera Alberto Armendariz, do jornal argentino "La Nación".
O espanhol Luis Tejero, do "El Mundo", concorda que o tema é de interesse maior do público brasileiro do que o estrangeiro, mas considera "Tropa de Elite 2" um “aperfeiçoamento”. “É um filme que vai além do primeiro”, resume. O conterrâneo Manuel Perez, da agência espanhola de notícias Efe, faz coro. “É uma obra mais voltada para o Brasil, porém, é um filme corajoso. Continua com o tom de documentário que fez o primeiro ser um sucesso por parecer tão real”.
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O jornalista português Paulo Portugal, do "Correio da Manhã", discorda quanto ao realismo e admite que teve problemas em vencer o que ele chamou de “grau de caricatura” na composição dos personagens em determinadas situações. “Chega a um ponto que parece uma realidade fantástica, mas é um filme mais maduro e mais forte que o primeiro, que já era uma bomba”.
Questionado por esses mesmos jornalistas sobre qual seria a repercussão de "Tropa de Elite 2" no exterior, o diretor José Padilha aposta que o drama humano vá aproximar o filme de qualquer público, seja ele brasileiro ou internacional. “O que importa são as relações humanas, o que move a trama é a dramaturgia dos personagens e isso ressoa para qualquer plateia”, fala o cineasta, que se diz absolutamente tranquilo e sem “frio na barriga” às vésperas da estreia. “Estou como o Romário ao cobrar um pênalti”.
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