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Clima de perseguição e guerra marca primeira parte de "Harry Potter e as Relíquias da Morte"

Em "Relíquias da Morte - Parte 1", Harry Potter (Daniel Radcliffe) vive momentos de tensão no Ministério da Magia - Divulgação
Em "Relíquias da Morte - Parte 1", Harry Potter (Daniel Radcliffe) vive momentos de tensão no Ministério da Magia Imagem: Divulgação

THAÍS FONSECA

Da Redação

16/11/2010 15h15

Mesmo com a divisão do epílogo da saga "Harry Potter" em dois filmes, a impressão é que há pouco tempo a perder em “Relíquias da Morte”.  Do início ao fim, os protagonistas passam por uma sucessão de discussões, batalhas, feitiços e perseguições, com direito a feridos e mortes de personagens com quem criamos laços ao longo desse tempo todo. A estreia está prevista no Brasil para sexta-feira, 19 de novembro.

O filme faz justiça ao clima de terror e de corrida contra o tempo que J. K. Rowling criou para o último livro da saga. Nas telas, além do crescimento dos atores aos olhos do público, as histórias foram se tornando mais sombrias. Desta vez, até Hogwarts, associada ao clima infanto-juvenil das salas de aula, uniformes e professores paternais, não é mais o cenário principal da história.

TRAILER DE "HARRY POTTER E AS RELÍQUIAS DA MORTE - PARTE 1"

A ausência do castelo tão conhecido pelos fãs foi bem aproveitada pelo diretor David Yates. Por conta própria e diante de enigmas intermináveis – um deles relacionado ao título -, o trio Harry (Daniel Radcliffe), Rony (Rupert Grint) e Hermione (Emma Watson) sai dos ambientes fantásticos para cair em paisagens reais, entre elas praias, florestas e uma rua movimentada de Londres.

Ao mostrar este amadurecimento dos personagens, o filme reforça a ameaça de Voldemort (Ralph Fiennes) e aumenta o suspense. Por outro lado, com mais seriedade, alguns seres fantásticos, velhos conhecidos do início da saga, podem parecer “fora do lugar”, apesar de terem funções importantes na história e de trazerem humor ou emoção em algumas cenas.

Já os romances adolescentes, que serviam como alívios cômicos, desta vez se resumem a olhares ou gestos rápidos. Os momentos mais engraçados ficam misturados aos de tensão, nas falas de Rony, Hermione e Harry, além das cenas com o polissuco, bem explorado no filme.

Nesta mistura de lugares e universos, houve espaço, ainda, para um trecho de animação, quando Hermione explica “Os Contos de Beedle, o Bardo”. E para a narração em off de um locutor de rádio, sobreposta a uma caminhada dos protagonistas, que noticia os nomes de pessoas desaparecidas na guerra. Boas soluções para seguir um ritmo frenético, encaixar os elementos do livro e manter, em meio a tantas perseguições e cenas de ação, os olhos dos espectadores grudados na tela.