Com clima nostálgico e tecnologia 3D, "Tron: O Legado" recria cenas de ação do filme original
Quando os computadores e os videogames começaram a se popularizar, no começo dos anos 1980, poucas pessoas imaginavam a dimensão que teriam no dia-a-dia da humanidade. Neste contexto foi lançado "Tron: Uma Odisséia Eletrônica" (1982), filme capaz de despertar a imaginação das pessoas com efeitos especiais inovadores (para a época) e uma dose de crítica social embutida na luta do programador Kevin Flynn (Jeff Bridges) contra um sistema opressor - tudo isso dentro de um sistema de computação.
TRECHO DUBLADO DE "TRON - O LEGADO"
"Tron: O Legado" (2010) traz Bridges de volta ao papel do programador Flynn, agora um recluso gênio da informática e criador de games de sucesso mundial, como o próprio Tron, por exemplo. Mas o personagem principal é Sam Flynn (Garrett Hedlund), filho do programador, que descobre no antigo fliperama do pai a passagem para o mundo cibernético. Além, claro, do início de uma boa aventura.
Assim como no mundo real, o tempo passou e as coisas mudaram na realidade virtual de "Tron". A Grade, sistema criado por Flynn e pelos programas Tron e Clu no filme original, foi dominada por um governo tirano e qualquer programa rebelde é caçado e enviado para morrer nos Jogos.
Depois de quase 30 anos, Jeff Bridges volta ao universo computadorizado de "Tron: O Legado"
São essas competições que rendem as melhores cenas de ação do filme e que reproduzem, com recursos de alta tecnologia, 3D e a ótima trilha sonora do grupo Daft Punk, cenas emblemáticas do "Tron" original, como a famosa corrida de motos de luz e as lutas com discos. A nostalgia é um elemento constante no filme e sua história diverte e faz mais sentido para quem ainda se lembra da "Odisséia Eletrônica" original.
"Tron: O Legado" tenta retomar a crítica social de seu antecessor em alguns momentos, mas de maneira leve e despretensiosa. Fica clara a intenção de diferenciar os programas como Clu, incapaz de criar, dos usuários, a exemplo de Sam, que supera a habilidade da máquina com jogadas inesperadas e estratégias inovadoras, mas há também a bela Quorra (Olivia Wilde), um programa rebelde e capaz de aprender.
O filme retoma uma franquia "cult" e não ousa mexer em seus principais elementos. Algumas coisas que pareciam modernas e até futuristas em 1982, como os trajes luminosos e jogos eletrônicos mortais, hoje soam nostálgicos, como dias de um futuro esquecido. "Tron: O Legado" pode agradar quem assistiu o primeiro filme, mas dificilmente será tão marcante, mesmo entre esse público.
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