Animação "As Aventuras de Sammy" dá recado ecológico, mas investe no romantismo

Desenho animado e fundo do mar combinam – quem esquece "Procurando Nemo"? Sem atingir a mesma excelência em criatividade, no entanto, não faz feio a animação belga "As Aventuras de Sammy", de Ben Stassen ("Os Mosconautas no Mundo da Lua") - que utiliza bem o colorido e o 3D para retratar a vida marinha, dar um recado ecológico e contar a vida de Sammy, uma tartaruga-macho gigante. Dirigido ao público infantil, o filme estreia em circuito nacional apenas em cópias dubladas, convencionais e 3D.

Sammy nasceu numa praia, de uma ninhada imensa. Como todos de sua espécie, tem que disputar com aves gulosas o direito da sobrevivência, já em sua perigosa primeira corrida para o mar. Azarado, Sammy entala já no buraco em que sua mãe depositou seus ovos.

Retirado da areia por uma gaivota, parecia que ia durar pouco. Um choque da ave com outra atira-o de volta à praia, onde continua em perigo, desacordado. Ajuda-o uma coleguinha, Shelly, que logo desaparece. A duras penas, Sammy sobrevive.

Nadando sozinho em alto-mar, Sammy encontra refúgio num resto de carcaça de navio. Logo vai fazer amizade e descobrir os encantos do fundo do mar com outra tartaruga-macho, Ray. Um incidente infeliz com redes de pesca os separa e Sammy acaba tendo seu primeiro contato com humanos - uma família hippie que mora numa praia e pinta o sinal da paz em seu casco.

Ao reencontrar Shelly, Sammy se apaixona. O amor não muda sua sede de aventuras e ele convence a namorada a cruzar os mares do mundo - ainda ignorando perigos como a poluição e o movimento contínuo de navios, inclusive os poluidores petroleiros. E ele se vê separado de Shelly. Muita água vai rolar até que se reencontrem para uma longa, longa vida em comum.