Topo

Camilla Belle estreia comédia inspirada em Jane Austen nos EUA

Camilla Belle participa de evento em Florença, na Itália (11/01/2011) - Vittorio Zunino Celotto/Getty Images
Camilla Belle participa de evento em Florença, na Itália (11/01/2011) Imagem: Vittorio Zunino Celotto/Getty Images

IAN SPELLING

Do Hollywood Watch

27/01/2011 07h00

Camilla Belle já passou 23 anos diante das câmeras como modelo e atriz. E ela só tem 24 anos. “Eu comecei quando tinha 9 meses, fazendo anúncios impressos e comerciais, e fiz meu primeiro filme quando tinha 5 anos. Esta sempre foi minha segunda vida, eu acho. Tenho minha vida em casa, com minha família, com meus amigos e na escola, e sempre tive também uma vida profissional", diz Belle.  Como modelo, agraciou as capas de revistas como “Lucky”, “Nylon”, “Tattler” e “Teen Vogue”. Como atriz, seus créditos incluem “A Princesinha” (1995), “O Mundo Perdido: Jurassic Park” (1997), “O Mundo de Jack e Rose” (2005), “Quando um Estranho Chama” (2006), “10.000 a.C.” (2008), “Heróis” (2009) e ''À Deriva''.

Por telefone de sua casa em Los Angeles, Belle fala sobre seu mais recente filme, ''From Prada to Nada'' (“Do Prada ao Nada”, em tradução livre), prevista para estrear nos Estados Unidos em 28 de janeiro (no Brasil, ainda não há data prevista). A comédia, levemente baseada em “Razão e Sensibilidade” de Jane Austen, apresenta Belle como Nora e Alexa Vega como Mary, irmãs fabulosamente ricas, estupendamente mimadas, que são forçadas a enfrentar a dura realidade após a morte do pai, quando ficam sem dinheiro. As irmãs se mudam para a casa da tia mexicana, Aurelia (Adriana Barraza), e experimentam a vida do outro lado de Los Angeles – especificamente, em East Los Angeles.

“Eu me recordo de que quando li o título, eu fiquei um pouco apreensiva, tipo, ‘O que é isto?’” admite Belle, rindo. “Mas eu fiquei empolgada, porque sempre quis experimentar fazer comédia, ou comédia romântica, e nunca tive oportunidade até agora. Eu fiz um filme, ‘Father of Invention’ (2010), com Kevin Spacey, que era mais ou menos uma comédia, mas minha personagem era muito séria, então não me diverti tanto quanto todos os demais”, conta. “Nora é divertida. Ela tem um arco e tem a chance de mudar muito, de relaxar ao longo do filme. Além disso, ela é meio desajeitada e um pouco nerd. Há algumas cenas dramáticas, mas ao mesmo tempo é um filme leve. Então foi bom ir ao set todo dia e rir, em vez de ficar chateada ou me envolver em uma discussão.”

  • Divulgação

    Camilla Belle e Alexa Vega em cena do filme ''From Prada to Nada''

O filme, sem causar surpresa, ri de estereótipos, expectativas e diferenças culturais. Mas Belle enfatiza que todos os envolvidos em “Do Prada ao Nada” buscaram assegurar que a comédia não fosse longe demais e se transformasse em ofensiva. “Adriana Barraza provavelmente tem o papel mais engraçado no filme, porque ela interpreta a personagem da tia mexicana exagerada, estereotipada, mas ela é mexicana e atuou por conta própria o tempo todo. Então tive plena confiança nela”. E continua: “O diretor, Angel Gracia, é venezuelano. Eu tenho uma formação internacional. Alexa também. Nós todos temos uma formação internacional. Então acho que todos estávamos muito conscientes sobre o que estávamos fazendo.”

Belle assistiu recentemente à cópia final de “From Prada to Nada”. O veredicto dela: é divertido e doce, mas ela sabe que não deve esperar uma indicação ao Oscar. “É o que pretende ser. Não se trata de sair e fazer uma obra-prima. É uma comédia romântica, um filme pipoca. Você pode assistir e rir, e acho que ele tem um coração maravilhoso e uma boa mensagem. A cultura mexicana, o figurino e o humor, a grande festa e o casamento, são todos divertidos e bons de ver. Então fico feliz.”

TRAILER EM INGLÊS DE ''FROM PRADA TO NADA''

O próximo filme de Belle será ''Breakaway'', uma co-produção canadense-indiana que ela descreveu como uma história de amadurecimento tipo “Driblando o Destino”, mas envolvendo hóquei em vez de futebol. Ela iniciará em breve o trabalho em “Zebras”, um drama de futebol situado na África do Sul, com direção de Bruce Beresford e co-estrelado por Ryan Kwanten.

Assim como Belle está satisfeita com o ritmo de sua carreira, o mesmo pode ser dito a respeito da diversidade de seu trabalho. Ela tem aparecido em filmes de Hollywood, filmes independentes e produções internacionais. Entre eles “À Deriva” (2009), de Heitor Dhalia, falado em português (a atriz tem ascendência brasileira, por parte da mãe).

“No final do dia, você espera ter uma boa experiência na realização do filme, porque estará no set por três meses com essas pessoas. Você realmente espera que será uma experiência gratificante", afirma. “Na verdade, uma coisa que é importante para mim é que minha personagem seja uma mulher forte. Eu teria grande dificuldade para interpretar uma personalidade fraca. É preciso haver alguma força ou crescimento, ou seria muito frustrante para mim.”

(Ian Spelling é um jornalista free lance de Nova York.)