Topo

No papel de uma estudante, Minka Kelly tem colega de quarto assustadora no filme ''The Roommate''

IAN SPELLING

Do Hollywood Watch

10/02/2011 07h00

Apesar de ser apontada por muitos – inclusive pela revista norte-americana Esquire -  como uma mulher muito sexy, Minka Kelly diz não aceitar bem o rótulo. “Não dá para ficar levando essas coisas a sério. Deve existir muita gente que me considera a pessoa mais feia do mundo ou a menos perfeita. E se eu desse ouvido a elas? Então não levo a sério, cuido para me sentir bem interiormente e o restante se desenrola sozinho”, diz a atriz de 30 anos.

Realmente, o restante está se desenrolando sozinho. Em seis anos de carreira, Kelly formou um currículo que inclui um papel como a chefe de torcida Lyla Garrity na série “Friday Night Lights” (2006-2009) e a terapeuta comportamental Gabby em “Parenthood”. Ela também passou um tempo considerável sob os holofotes graças ao seu relacionamento com o jogador do New York Yankees, Derek Jeter.

Seu mais recente projeto, e o motivo para estar ligando por celular de algum ponto na Costa Leste, é “The Roomate”, que estreou nos EUA no início de fevereiro e tem previsão para ser lançado em 1º de abril no Brasil. O filme é uma nova versão de “Mulher Solteira Procura” (1992), uma história de alerta universitária, com Kelly interpretando Sara, uma estudante cuja nova colega de quarto, Rebecca (Leighton Meester), se torna cada vez mais obsessiva, possessiva e perigosa.

“Eu sei que há toda uma nova geração de pessoas que nunca viu essa trama desde ‘Mulher Solteira Procura’. Aquele filme foi ótimo e não estamos tentando duplicá-lo, porque foi ótimo e perfeito. Mas queríamos explorar de novo a trama, porque é divertida, fácil de se identificar e assustadora”, opina.

“O que é ótimo é que nosso filme se passa em uma universidade, e não acho que já fizeram isso, essa situação acontecendo nesse ambiente, algo que poderia acontecer. Você não sabe quem será sua companheira de quarto. Isso é escolhido aleatoriamente, e às vezes você pode ter azar, como minha personagem. Minha colega de quarto tem um desequilíbrio químico muito sério.”

“Eu teria adorado interpretar a garota maluca, mas fiquei empolgada por interpretar a Sara, porque acho que muita gente vai se identificar com ela e sua situação, apesar de que o caso dela está em um nível diferente.” A atriz insiste que Sara não é de modo nenhum uma vítima. “Ela é otimista e nunca julgaria alguém até ser provado que a pessoa é culpada. Então, durante grande parte do filme, ela pensa o melhor a respeito da garota. Então, quando as pessoas começam a apontar os possíveis problemas de Rebecca, primeiro ela os rejeita e depois começa a perceber as coisas que se destacam, que podem não ser normais, até Rebecca enlouquecer e não haver mais como negar.”

Qualquer pessoa que já assistiu ao trailer de “The Roommate” pode dizer que Meester amplificou o fator maluquice na interpretação de Rebecca. Kelly confirma a suspeita. “Leighton foi muito, muito assustadora. Eu olhava para ela entre os takes e às vezes me perguntava: ‘Será que é a Leighton? Com quem estou lidando aqui?’”

“Ela com certeza me assustava, mas também me empolgava, porque sabia que ela estava empenhada no projeto. Foi divertido observá-la realizando o trabalho dela daquela forma, porque não acho que alguém já tenha visto Leighton fazer algo assim. Vai ser algo realmente divertido.”

Poucos dias após esta entrevista Kelly vai partir para Los Angeles para gravar novos episódios de “Parenthood”. O drama, agora em sua segunda temporada, acompanha a família Braverman, com Kelly no papel recorrente de uma terapeuta comportamental que trabalha com Max (Max Burkholder), que tem síndrome de Asperger, e ocasionalmente entra em choque com seus pais, Adam (Peter Krause) e Kristina (Monica Potter).

“Eu adoro a série e o papel. É um dos primeiros papéis onde interpreto uma pessoa adulta e não preciso mergulhar na mentalidade de adolescente. Eu também aprendi muito trabalhando nesta trama. Eu trabalho com uma terapeuta comportamental que faz o mesmo trabalho de minha personagem. Todo dia ela está no set comigo. Eu estou aprendendo tanto sobre autismo e Asperger, e muitas das técnicas utilizadas pela minha personagem servem como ótimas dicas sobre pais e regras, e acho que vou usá-las quando algum dia tiver filhos.”