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Em Berlim, diretor e atores de "O Discurso do Rei" não escondem expectativa de ganhar o Oscar

Tom Hooper, diretor de "O Discurso do Rei"", posa para foto ao lado dos atores Helena Bonham Carter e Colin Firth (16/02/2011) - Reuters
Tom Hooper, diretor de "O Discurso do Rei'', posa para foto ao lado dos atores Helena Bonham Carter e Colin Firth (16/02/2011) Imagem: Reuters

ALESSANDRO GIANNINI

Enviado especial a Berlim

16/02/2011 17h42

Exibido dentro da seção Berlinale Special, "O Discurso do Rei" foi a atração do dia no Festival de Berlim. O diretor Tom Hooper, Colin Firth e Helena Bonhan Carter - que já havia defendido o filme "Toast" no início da tarde - fizeram o auditório do hotel onde se realizam as coletivas de imprensa do festival lotar. Vestidos para a sessão de gala desta noite, eles falaram aos jornalistas sobre o filme, o personagem de Firth, o personagem de Carter, a realeza e também sobre as expectativas para o Oscar.

Hooper disse que é maravilhoso fazer parte da Academia e participar do prêmio como indicado. "O que quer que aconteça já é uma grande coisa para mim", disse ele, acanhado com a pergunta. "Mas não posso esconder que pensei na possibilidade de ganhar." Ao que Firth respondeu: "Eu também". E Carter fez coro, para depois soltar uma de suas sonoras gargalhadas: "Idem".

Descontraídos e bem humorados, Firth e Carter responderam às perguntas sobre a realização do filme com seriedade, mas sempre que aparecia a possibilidade brincavam um com o outro. Quando questionada sobre o que pensa da realeza e se sua opinião mudou ao interpretar a futura rainha, ela disse que sempre teve respeito por eles como indivíduos. "Obviamente, minha opinião mudou", completou ela. "Aprendi a respeitá-los ainda mais pelo trabalho que fazem. Foi educativo." Ao ensaiar um novo discurso, o ator a interrompeu: "Basta", disse ele, com um sorriso no rosto. "Podem ter certeza de que não fiz isso por mal, é que eu conheço ela."

Firth contou que uma de suas sequências preferidas no filme é o momento em que o seu personagem conta ao terapeuta interpretado por Geoffrey Rush um trauma de sua infância. "Com um roteiro que tem tantas facetas, um dos momentos que mais fala ao meu coração é o que ele fala sobre a infância", disse. "Se caísse no sentimentalismo, seria uma catástrofe. Mas seria muito pior se tivessemos usado outro recurso. Mas acho que era importante informar o público sobre isso. E a maneira como Tom fez essa cena ficou perfeito."