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Heitor Dhalia se prepara para dirigir Amanda Seyfried no suspense "Gone", filmado nos EUA

A atriz Amanda Seyfried e, à direita, o cineasta brasileiro Heitor Dhalia. Ambos trabalharão juntos em "Gone"  - Getty Images
A atriz Amanda Seyfried e, à direita, o cineasta brasileiro Heitor Dhalia. Ambos trabalharão juntos em "Gone" Imagem: Getty Images

ALYSSON OLIVEIRA

Do Cineweb

03/03/2011 11h56

Prestes a rodar seu primeiro projeto fora do Brasil, o pernambucano Heitor Dhalia confessa: “Sempre tive uma admiração pelo cinema feito em Hollywood. Apesar de também gostar do cinema europeu e do nosso próprio cinema, made in Brazil”. Em entrevista ao UOL Cinema, por e-mail, o diretor de “À Deriva”, opina que “filmar nos EUA será só mais uma experiência”.

“Acho interessante trabalhar em outros sistemas de produção. Ver como funcionam, aprender diferentes maneiras de trabalho. A carreira internacional abre caminhos que podem ser maravilhosos. Mas continuo firme com minha carreira no Brasil. Adoro filmar no Brasil”. Tanto que, em 2012, ele pretende rodar um filme sobre Serra Pelada, um projeto de estimação no qual trabalha há anos. “Estamos em processo de captação e devo filmar no começo do ano que vem. Vai ser bom sair daqui e cair direto no Serra Pelada”.

Antes disso, porém, ele vai dirigir Amanda Seyfried (“Cartas para Julieta”) no suspense “Gone”, que filmará em Portland (EUA), entre abril e junho. “É um thriller psicológico - o que tem a ver com meus filmes anteriores [como “”Nina” e “O Cheiro do Ralo”, que foi duplamente premiado na Mostra de São Paulo em 2006]. Vou me divertir bastante nas filmagens. ‘Gone’ é um bom primeiro filme para entrar no mercado americano”. O longa deve estrear apenas em 2012 e será distribuído no Brasil pela Paris Filmes.

Sobre a trama, um roteiro de Allison Burnett (“Fama”, “Banquete de Amor”), Dhalia explica que ainda está descobrindo do que se trata. “Não consigo falar de uma história enquanto estou fazendo. É um defeito que eu tenho. Só consigo falar do filme depois que termino. É um thriller de ritmo acelerado, mas não sabemos se o que está acontecendo é verdade ou se está tudo acontecendo apenas na cabeça da protagonista”.

“Gone” ainda está em processo de casting, mas o diretor já lamenta que, por se tratar de um filme de estúdio, não conseguiu levar outros brasileiros para a equipe técnica. “A decisão é inteiramente dos produtores. Adoraria trazer o Ricardo Della Rosa [diretor de fotografia de “À Deriva”], mas não tive chance. No próximo, eu consigo”.

O filme chegou às mãos de Dhalia meio por acaso, quando outros dois projetos foram abandonados. “Eu ia fazer um filme com a [produtora] Lakeshore e outro com a Summit. Ambos acabaram não acontecendo por diferentes razões. Então a Lakeshore e a Summit decidiram fazer ‘Gone’. Foi um processo natural de aproximação”, explica.