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Com aumento nos prêmios, festival É Tudo Verdade anuncia seleção completa

ALYSSON OLIVEIRA

Do Cineweb

15/03/2011 13h41

“Nesse ano será possível dar a volta ao mundo com os 92 filmes de 29 países que serão exibidos no 16º É Tudo Verdade”. Foi assim que o diretor do Festival, o jornalista Amir Labaki, abriu a coletiva de apresentação do evento na manhã desta quarta-feira em São Paulo, onde a mostra acontece entre 31 de março e 10 de abril. No Rio de Janeiro, será entre 1º e 10 de abril.

O festival acontece em 5 salas em São Paulo: Cine Livraria Cultura, Centro Cultural Banco do Brasil, Cinemateca Brasileira, Reserva Cultural e Cinemark Eldorado. No Rio, são sete salas: Unibanco Arteplex, Centro Cultural Banco do Brasil, Instituto Moreira Salles, Estação Museu da República, Ponto Cine Guadalupe, Cinemark Downtown e Auditório BNDES. Todas as sessões do É tudo verdade são gratuitas.

Desta quase uma centena de documentários, sete longas brasileiros e nove curtas nacionais estão numa posição privilegiada. Os filmes correm, respectivamente, aos prêmios de CPFL Energia/É tudo verdade de R$110 mil e R$10 mil. “Para os longas, houve um aumento de 10% em relação ao ano passado. Já o prêmio dos curtas subiu de R$6 mil para R$10 mil”, comemora Labaki. “É o maior prêmio para documentários nacionais”.

Longas e curtas

Os sete longas competindo são: “Assim É, Se Lhe Parece”, de Carla Gallo; “Aterro do Flamengo”, de Alessandra Bergamaschi; “Carne, Osso”, de Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros; “Dois Tempos”, de Dorrit Harazim e Arthur Fontes; “Tancredo”, a Travessia, de Silvio Tendler; “Vale dos Esquecidos”, de Maria Raduan; e “Vocacional, Uma Aventura Humana”, de Toni Venturi

Já os curtas são: “A Poeira e o Vento”, de Marcos Pimentel; “Braxília”, de Danyella Proença; “Coutinho Repórter”, de Rená Tardin; “Entre Vãos”, de Luísa Caetano; “Hoje Tem Alegria”, de Fábio Meira; “Meia Hora com Darcy”, de Roberto Berliner; “O filme que eu fiz para não esquecer”, de Renato Gaiarsa; “Palavra Plástica”, de Leo Falcão; e “São Silvestre”, de Lina Chamie.

Para dar a ‘volta ao mundo’, o público terá como trajeto os longas: “A Onda Verde”, de Ali Samadi Ahadi (Alemanha); “Cinema Komunisto”, de Mila Kurajlic (Sérvia); “Cliente 9 – A Ascensão e Queda de Eliot Spitzer”, de Alex Gibney (EUA); “Granito”, de Pamela Yates (EUA); “Katka”, de Helena Trestíková (República Tcheca); “Loucasmulheres”, de Maria Elena Wood (Chile); “Meridiano Azul”, de Sophie Benoot (Bélgica); “O Caramanchão”, de Clio Barnard (Reino Unido); “O Império do Centro-Sul”, de Jacques Perrin e Eric Deroo (França); “O Sicário – Quarto 164”, de Gianfranco Rosi (França);  e “Você Não Gosta da Verdade" – 4 Dias em Guantánamo, de Luc Côté e Patricio Henriquez (Canadá).

E os curtas: “Fora do Alcance”, de Poza Zasiegiem (Polônia); “Inventário”, de Pawel Lozinski (Polônia); “Menos Dois”, de Mohammad Ehsani (Irã); “Muros”, de Hayoun Kwon (França); “Rosto”, de Adele Wilkes (Austrália); “O Desejo da Aldeia Chang Hu”, de Huaqing Jin (China); “Primeiras Trevas”, de Denise Wyllie e Clare O Hagan (Reino Unido)”Viagem a Cabo Verde”, de José Miguel Ribeiro (Portugal)

Cineastas das programações especiais

As programações especiais do É tudo verdade traz obras recentes de cineastas relevantes e premiados – como é o caso os americanos Kevin MacDonald, ganhador do Oscar em 2000 por “Um Dia em Setembro”, e o veterano Frederick Wiseman, premiado em Berlim em 1990, com “Near Death”. Agora o Festival apresenta, respectivamente, “A Vida em um Dia” e “Academia de Boxe”.

  • Getty Images

    Marina Goldovskaya participa de evento da Associação Internacional de Documentários, nos EUA (5/12/2008)

A retrospectiva nacional deste ano tem como foco a poesia, e traz uma série de filmes que lançam um olhar sobre poetas brasileiros. “Queremos descobrir até que ponto o documentário está a altura da poesia”, explica Labaki. Um dos destaques é, sem dúvida, o curta “Castro Alves (1847-1871)”, de Humberto Mauro. Feito no final dos anos de 1940, com 22 minutos, o filme é o mais antigo e um dos mais raros exibido nessa edição do Festival.

Como já fora anunciado antes, a retrospectiva internacional homenageará a cineasta russa Marina Goldovskaya, que estará presente no Festival, e participará de vários encontros com o público. O É Tudo Verdade fará um painel da obra da documentarista, exibindo filmes feitos entre 1986 até seu mais recente, o inédito “O Gosto Amargo da Liberdade”, sobre a jornalista Anna Politkovskaya, de quem foi professora, e cujo assassinato em 2006 não foi esclarecido até hoje.

A Conferência Internacional do Documentário, uma das atividades paralelas mais importantes do É Tudo Verdade, chega à sua 11ª edição, e terá como tema “A Entrevista no Documentário”. Coordenado pela Diretora do CINUSP Paulo Emílio, Maria Dora Mourão, o evento acontece entre 7 e 9 de abril, na Cinemateca Brasileira (SP), e conta com a presença de cineastas e pesquisadores.

Para mais informações sobre o festival, os filmes e a programação, consulte o site oficial.