"Não conseguia parar de ler", diz Jake Gyllenhaal sobre o roteiro de "Contra o Tempo"
Como tantos outros projetos, tudo começou com um pitch: depois de seis anos nas trincheiras do "filme-direto-para-DVD", escrevendo duas continuações para o ficção-científica de terror "Species- A Experiência", o roteirista Ben Ripley ousou oferecer ao experiente produtor Mark Gordon ("O Resgate do Soldado Ryan", "O Mensageiro", "O Dia Depois de Amanhã", "Velocidade Máxima" e dezenas de séries de TV) um argumento.
"E se viajar no tempo fosse possível, hoje, mas apenas por alguns minutos?", Gordon recorda. "Achei a ideia absolutamente fascinante. Não porque fosse viagem no tempo - isso já vimos antes. Mas porque abordava o que parece lógico: que já temos a teoria necessária para fazer isso e que, quando de fato acontecer, provavelmente não seremos capazes de nos movermos por longos períodos de tempo, mas por alguns minutos. E com certeza as forças armadas e de inteligência estariam envolvidas no processo".
Juntos, Gordon e Ripley trabalharam no roteiro do que viria a ser "Contra o Tempo" (estreia em 1º de abril nos EUA e em 13 de maio no Brasil), e um nome imediatamente ocorreu ao produtor como candidato ideal para viver o protagonista, um capitão do exército norte-americano envolvido num programa secreto de manipulação do tempo: Jake Gyllenhaal, com quem Gordon trabalhara em "O Dia Depois de Amanhã". "Fiquei imediatamente impressionado, não conseguia parar de ler", Gyllenhaal conta. "Nas primeiras 10 páginas eu não tinha a menor ideia do que estava acontecendo".
O que está acontecendo, como os espectadores descobrirão, é uma tentativa de capturar um terrorista através de viagem no tempo: a consciência do capitão vivido por Gyllenhaal sendo transferida para o corpo do passageiro de um trem a caminho de Chicago, oito minutos antes da explosão da bomba que matou todos a bordo. Sua missão: identificar o responsável e descobrir seu modo de ação a tempo de impedir um segundo ataque.
TRAILER DO FILME ''CONTRA O TEMPO''
"Quando Mark me pediu que sugerisse diretores, eu imediatamente pensei em Duncan Jones", Gyllenhaal conta. "Precisávamos de alguém com uma compreensão profunda do potencial emocional do texto, para termos um bom filme."
Jones, que se chamou Zowie até os 18 anos, é o filho de David Bowie e Angela Barnett, que virou sensação em 2009 com seu filme de estreia, "Lunar". "Eu estava divulgando 'Lunar' em Los Angeles e, ao mesmo tempo, procurando fazer o máximo de contatos com pessoas da industria", Jones recorda. "E no fim foi Jake que me achou. Como sempre fui fã de "Donnie Darko", me senti honrado".
A alquimia foi perfeita - o projeto caminhou em tempo recorde e, em questão de meses, Jones estava dirigindo Gyllenhaal através de um complicado sistema wireless, com o ator trancado num cenário suspenso por um sistema de polias e alavancas, na frente de uma tela verde sobre a qual seriam adicionadas, depois, as imagens que criariam a sensação de um trem em movimento.
"Era algo tão estranho que me ajudava a permanecer no personagem", diz Gyllenhaal. "Meu personagem era o único que podia variar suas ações a cada nova versão dos oito minutos, e Duncan e eu nos divertimos muito trabalhando essas pequenas nuances da interpretação".
Num toque tipicamente Duncan Jones, o diretor alertava Gyllenhaal para o começo de cada tomada através de um fone embutido em seu ouvido, que tocava músicas em climas diferentes dependendo do espírito da cena. "Às vezes era metal, as vezes era eletrônica, às vezes era o coral de meninos da Armênia", Gyllenhaal conta. "Sempre uma surpresa surreal. Exatamente como nosso filme".
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