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Marcos Palmeira estará em comédia com Bruno Mazzeo; saiba quais serão seus próximos filmes

THIAGO STIVALETTI

Colaboração para o UOL, de Recife

03/05/2011 17h48

No Recife para acompanhar a homenagem a seu pai, o cineasta Zelito Viana, no Cine PE, Marcos Palmeira falou em entrevista exclusiva ao UOL Cinema sobre seus novos projetos em cinema e TV.

Nos próximos meses, ele conclui sua participação no filme "Samba", produção francesa com direção de Gilles de Maistre. Com atores franceses, ele rodou cenas no Sambódromo durante o Carnaval do Rio e depois grava em Manaus e na floresta amazônica.

No filme, ele é Jason, herdeiro de um laboratório farmacêutico envolvido com biopirataria. "O Gilles quer uma mistura de documentário e ficção. Se a gente encontrar um conflito de terra na Amazônia, ele quer ir até lá e filmar meu personagem em meio à situação real".

No cinema brasileiro, duas comédias à vista. Em junho, ele começa a rodar "Vendo ou Alugo?", dirigido por sua irmã Betse de Paula, sobre quatro gerações de mulheres (bisavó, avó, filha e neta) que vêem uma favela dominar os arredores de sua casa e entram na dúvida do título. "São todas meio picaretas. Faço um bandido que tem um caso com a Marieta Severo", conta.

Em "E Aí, Comeu?", de Felipe Joffily (diretor de "Muita Calma Nessa Hora"), ele, Bruno Mazzeo e Emilio Orcciolo são três amigos (um solteiro, um casado e outro recém-separado) que discutem sua relação com as mulheres. As filmagens começam ainda este ano.

Na TV, sua grande expectativa é a volta do detetive Mandrake na série da HBO. O canal vai produzir dois telefilmes com o personagem, ambos com direção de José Henrique Fonseca, e depois já engata uma terceira temporada de episódios da série. "O submundo que o Mandrake percorre vai ficar mais pesado agora", revela. Marcelo Adnet terá mais destaque na série, agora como um assistente de Mandrake.

Com tantos projetos, Palmeira não pôde aceitar o convite de sua ex-mulher, a diretora Amora Mautner, para viver o cangaceiro Herculano, pai de Jesuíno (Cauã Reymond) na novela "Cordel Encantado". Ele só deve encarar uma nova novela na Globo em 2012.

RECIFIANAS

Ácido com Gal

Um dos destaques da noite de ontem no Cine PE foi o documentário "Casa 9", de Luiz Carlos Lacerda, em que o diretor relembra a casa em que viveu no Rio em companhia do compositor Jards Macalé (na foto, de azul) e que recebia em plena ditadura artistas como Sônia Braga, Gal Costa, Gilberto Gil, Garrincha e Clarice Lispector.

Na coletiva, Macalé lembrou que tomou seu primeiro ácido com Gal lá na casa.

O filme é um retrato afetuoso do período, mas perde com a falta de depoimentos importantes - Gal e Sônia Braga não dão seus depoimentos.

Não mereço

Chico Diaz deu lição de humildade ao receber homenagem do festival ontem (02). Meio desajeitado e um pouco incomodado com o prêmio, falou: "Sou contra esses personalismos. Minha vontade como ator é desaparecer em meio aos meus semelhantes. A gente tem que ser a cara dos outros, entreter os outros, iludir os outros, embelezar os outros".

O ator foi premiado duas vezes no festival, por "Os Matadores" (1997) e "Praça Saens Peña" (2008).

Teatro e política

Zelito Viana, irmão de Chico Anysio e pai de Marcos Palmeira, apresentou "Augusto Boal e o Teatro do Oprimido", sobre o dramaturgo carioca morto em 2009.

Um belo documentário, que mostra a influência dessa escola teatral fundindo arte e ação social em diversas partes do mundo.

Cenas de arquivo impressionantes mostram moçambicanos encenando situações sobre os riscos da aids e indianas encenando sua submissão ao regime de castas para debater e rumos para essas questões.