Topo

"A Árvore da Vida", Sean Penn e Tilda Swinton são favoritos às Palmas em Cannes

O ator Sean Penn e o diretor Paolo Sorrentino posam para fotos antes da sessão de "This Must Be The Place". Penn chegou mau humorado à entrevista coletiva - Vittorio Zunino Celotto/Getty Images
O ator Sean Penn e o diretor Paolo Sorrentino posam para fotos antes da sessão de "This Must Be The Place". Penn chegou mau humorado à entrevista coletiva Imagem: Vittorio Zunino Celotto/Getty Images

THIAGO STIVALETTI

Colaboração para o UOL, de Cannes

22/05/2011 11h32

Tudo pode acontecer na premiação desta noite em Cannes, mas a acolhida da crítica durante o festival e o perfil do júri presidido por Robert DeNiro dão algumas pistas de como pode ser a premiação de hoje à noite.

Palma de Ouro - alguns filmes se destacaram durante o festival, mas o gosto americano de DeNiro pode levar a premiar três filmes. O mais cotado é "A Árvore de Vida", de Terrence Malick, que provocou as maiores reações do festival - muitos amaram, outros odiaram. Mas sua reflexão sobre a ligação entre o homem e o Universo e a busca do sagrado na vida são temas universais, que podem comover todos os membros do júri.

Correm por fora: outros fortes candidatos à Palma, que também podem levar prêmios secundários (o Grande Prêmio do Júri, o Prêmio do Júri ou o Prêmio de Melhor Direção): "This Must Be the Place", do italiano Paolo Sorrentino, com sua mensagem de tolerância e perdão; "Drive", filme noir muito original dirigido em Hollywood por um dinamarquês, Nicholas Winding Refn; "We Need to Talk About Kevin", filme britânico da escocesa Lynne Ramsay; e o austríaco "Michael", que trata com austeridade de um tema em voga, a pedofilia.

Palma de melhor ator - Sean Penn colheu elogios unânimes como o ex-roqueiro decadente a meio caminho entre Ozzy Osbourne e Robert Smith em "This Must Be The Place", tornando-se o favorito.

Correm por fora: Ryan Gosling, por sua atuação contida e quase sem falas em "Drive" - e que lembra de longe o outsider vivido por DeNiro em "Taxi  Driver"; o francês Jean Dujardin como o astro decadente do cinema mudo em "The Artist"; e o francês Michel Piccoli como o Papa em depressão do italiano "Habemus Papam", de Nani Moretti. Mas Picccoli tem uma desvantagem: já ganhou a Palma uma vez, em 1980, pelo filme "Um Salto no Escuro", de Marco Bellocchio.

Palma de melhor atriz - É o prêmio mais previsível da noite. Num ano de poucas atrizes que brilharam em Cannes, nenhuma atuação impressionou mais o público em Cannes do que Tilda Swinton como a mãe que não entende a crueldade do filho no britânico "We Need to Talk About Kevin". Há quatro anos, Tilda já ganhou o Oscar como a advogada sem escrúpulos de "Conduta de Risco". Essa é a sua grande chance na Croisette.

Correm por fora: a belga Cécile de France como a moça que desenvolve sentimentos maternais pelo menino de "Garoto de Bicicleta", dos irmãos Dardenne; e a japonesa Tôta Komizu no filme "Hanezu", de Naomi Kawase.