Topo

"Nunca tive objetivo de ter uma carreira lá fora, o que vier é lucro", diz Giselle Itié

ALYSSON OLIVEIRA

Do Cineweb

27/05/2011 14h38

A atriz Giselle Itié quer conhecer o mundo para, assim, conhecer pessoas e se aperfeiçoar como atriz. Nascida no México, mas morando no Brasil desde pequena, ela já passou por cidades como Moscou, Nova York e Los Angeles. “Eu gosto de me sentar numa praça, num café, e ficar estudando as pessoas. Isso me ajuda a me aperfeiçoar como atriz e como ser humano”, disse em entrevista ao UOL.

Atualmente, Giselle transita entre Los Angeles e São Paulo, onde moram seus pais. “Nunca fui de ficar parada e gosto muito de estudar. Estou fazendo vários cursos”. Em São Paulo, onde fica até meados de junho, ela acompanha o lançamento de “Inversão”, em cartaz no país desde a última sexta-feira. No longa, de Edu Felistoque, ela faz a misteriosa Mila. A maior parte das cenas que envolvem suas personagens foram gravadas numa floresta real. “Eu não tive muitos problemas, só tenho alergia a insetos, por isso passava repelente o tempo todo. Fora isso, meu cansaço físico era o mesmo cansaço da personagem”.

Em seu núcleo no filme – que inclui os atores Rubens Caribé e Alexandre Barilari – Giselle é a única mulher – o que não foi muito diferente do blockbuster “Os Mercenários”, no qual contracenou com Sylvester Stallone, Jason Statham e outros ícones do cinema de ação. “Estou ficando acostumada a ficar cercada de testosterona”, brinca.

Ela confessa que quando fez o teste para o filme dirigido por Stallone não estava pensando numa carreira internacional. “Foi uma experiência muito boa, tanto filmar quanto depois divulgar o filme. Mas, nunca tive objetivo de ter uma carreira lá fora. Meu foco é me aperfeiçoar como atriz. O que vier é lucro.”

Em Los Angeles, ela está fazendo aulas de inglês, trabalhando diferentes sotaques, e de canto. “Eu adoro cantar. Já fiz duas cantoras na televisão: na novela ‘O profeta’ e na série ‘Mandrake’. Quem sabe um dia não apareça um musical? Eu ia adorar”.

Para a atriz, viajar é fundamental para o seu aperfeiçoamento. Giselle diz que no Brasil não pode aplicar, no dia-a-dia, seus métodos de pesquisa. “Aqui as pessoas me conhecem, não posso ficar sentada numa praça olhando todo mundo. Vão achar que enlouqueci”, se diverte.

No momento, ela não tem planos para atuar – embora sua lista de diretores dos sonhos seja grande e inclua Fernando Meirelles, José Padilha e José Henrique Fonseca. Contratada da Record, ela acredita que deverá voltar à televisão no começo do próximo ano. “Eu não tenho nada acertado, nenhum convite. Mas minha intuição diz que no ano que vem voltarei a morar no Brasil para fazer algum trabalho”.