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Bilheteria de "Transformers 3" garante sobrevida aos filmes 3D

EDU FERNANDES

Colaboração para o UOL

05/07/2011 09h00

A marca de quase US$ 400 milhões arrecadado por “Transformers 3” em seu fim de semana de estreia é impressionante. Acima de qualquer recorde a ser batido, a performance do filme nas salas 3D dá novo ar para os títulos que usam esse tipo de projeção.

Da renda captada na América do Norte, cerca de 60% do dinheiro foi obtido com ingressos de salas 3D. Os quatro maiores lançamentos do verão americano (“Piratas do Caribe 4”, “Kung Fu Panda 2”, “Lanterna Verde” e “Carros 2”) não conseguiram sequer ultrapassar 50% da renda em 3D.

Antes da estreia de “Transformers 3”, analistas do mercado começavam a fazer previsões de que o formato 3D já estava saturado e que o público não estava mais interessado em pagar ingressos mais caros para assistir a filmes que saltam da tela.

Essa triste realidade de mercado era mais evidente nas rendas da América do Norte, uma vez que as plateias de países emergentes (especialmente Brasil, Rússia e China) ainda mostravam-se muito empolgadas pelas projeções 3D.

  • Cena do filme "Avatar"

A suposta crise do suporte é especialmente preocupante porque o 3D foi visto pela indústria como a tábua de salvação do cinema, que vê os números de ingressos vendidos cair ano a após ano. Quando “Avatar” estreou e 85% de sua bilheteria vinham de salas 3D, os executivos supunham que tinham achado a arma infalível para vencer a guerra conta a pirataria.

A partir daí, em diversas oportunidades, a estereoscopia foi explorada como uma muleta para tentar salvar a bilheteria de filmes de baixa qualidade, como “O Último Mestre do Ar” e “Fúria de Titãs”. Isso era feito em conversão para o formato 3D durante a pós-produção. O resultado foram filmes que não tinham o espetáculo visual oferecido por “Avatar”.

Com “Transformers 3”, o cinema 3D ganha novo fôlego, mas os resultados futuros é que dirão o quanto o formato ainda suporta. Títulos como “Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2” e “Os Três Mosqueteiros” - que estreiam dia 15 de julho e 14 de outubro, respectivamente - darão mais indícios sobre o futuro das projeções 3D.