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Com R$ 800 mil em prêmios, Festival de Paulínia se firma como um dos mais procurados do país

Pôster do Festival de Paulínia de Cinema 2011 - Divulgação
Pôster do Festival de Paulínia de Cinema 2011 Imagem: Divulgação

ALYSSON OLIVEIRA

Do Cineweb

07/07/2011 07h00

O Paulínia Festival de Cinema chega, a partir desta quinta, à sua 4ª edição, com “Corações Sujos”, de Vicente Amorim, que adapta o livro homônimo de Fernando Morais. O escritor também é autor do livro que deu origem ao filme "Olga".

O evento firma-se como um dos mais importantes no Brasil, pois com sua premiação - até o ano passado inigualada por outro festival - consegue atrair algumas das produções nacionais mais aguardadas do ano. No total, o evento dará R$ 800 mil em prêmios, sendo que só para o melhor filme são destinados R$ 250 mil - valor que apenas este ano foi equiparado pelo Festival de Brasília, que acontece em setembro, mas, ao contrário de Paulínia, não exige ineditismo de seus concorrentes.

A seleção de longas de ficção transita entre filmes de um dos mais conceituados diretores nacionais na atualidade, o pernambucano Claudio Assis (“Amarelo Manga”), que apresenta “A Febre do Rato”, filmado em preto e branco, até o novo filme de Carlos Alberto Riccelli, “Onde Está a Felicidade?”, que traz sua mulher, Bruna Lombardi, como roteirista e protagonista - um filme que, claramente, busca um diálogo com um grande público.

Entre essas duas pontas estão duas produções de estreantes em longas: “Trabalhar Cansa”, de Marco Dutra e Juliana Rojas, que foi exibido na mostra “Un Certain Regard”, em Cannes, em maio passado, e “Meu País”, de André Ristum. Completam a mostra competitiva “O Palhaço”, de Selton Mello, que volta ao festival três anos depois da premiação como melhor diretor por “Feliz Natal”; e “Os 3”, de Nando Olival (codiretor de “Domésticas”, ao lado de Fernando Meirelles).

Dos seis longas de ficção em competição, quatro deles - além do filme de abertura, “Corações Sujos” - tiveram cenas rodadas no Polo de Cinema de Paulínia: “Onde Está a Felicidade?”, “O Palhaço”, “Trabalhar Cansa” e “Meu País”. 

Dada a quantidade e qualidade dos filmes produzidos e em produção no Polo - que inclui “Sala de Espera”, de Lucia Murat, “Faroeste Cabloco”, de René Sampaio, e “Entre Vales e Montanhas”, de Philippe Barcinski, entre outros - é bem provável que nos próximos anos, o festival paulista possa se tornar autossuficiente se desejar - o que talvez não fosse muito saudável.

Se entre os filmes de ficção há obras bastante badaladas, as sessões de documentários prometem ser descobertas. Dos seis selecionados, apenas dois são de diretores bastante conhecidos: “Rock Brasília - Era de Ouro”, de Vladimir Carvalho; e “Uma Longa Viagem”, de Lucia Murat. Já os demais selecionados são de diretores estreantes em longa: “A Cidade Ímã”, de Ronaldo German; “A Margem do Xingu”, de Damià Puig Auge; “Ela Sonhou que Eu Morri”, de Matias Bracher Mariani; e “Ibitipoca, Dobra lá pra cá”, de Felipe Barros Scaldini.

Serão apresentados em competição também 15 curtas - três deles produzidos na região de Paulínia. Ainda mais do que os documentários em longa-metragem, os curtas - que incluem ficções e documentários - são um salto no escuro, o que pode resultar ou não em boas novidades. Entre eles, estão vários estreantes e alguns veteranos no formato, e também o premiado documentarista Carlos Nader (“Pan-Cinema Permanente”), que apresenta “Tela”, e Cauê Nunes, que no ano passado ganhou prêmio do público no festival, por “Meu Avô e Eu”.

Os demais curtas da mostra competitiva são: “A Grande Viagem”, de Caroline Fioratti; “Acabou-se”, de Patricia Baia ; “Café Turco”, de Thiago Luciano; “O Cão”, de Abel Roland; “O Cavalo”, de Joana Guttman Mariani; “O Pai daquele Menino”, de Lemos Arthuso; “Off Making”, de Beto Schultz; “Polaroid Circus”, de Marcos Mello e Jacques Dequeker; “Qual Queijo Você Quer?”, de Cíntia Domit Bittar; “Trocam-se Bolinhos por Histórias de Vida”, de Denise Machi; “Uma Primavera”, de Gabriela Amaral Almeida; “Argentino”, de Diego Costa; e “Adeus”, de Alessandro Barros.

Trilha musical

Além dos filmes, neste ano o Paulínia Festival de Cinema também apresentará shows musicais após as sessões, chamados de Paulínia Fest. Na quinta, depois da abertura, será com Rita Lee e os Djs britânicos do Addictive TV. Na sexta, serão Caetano Velloso e Seu Jorge, e no sábado, Gilberto Gil e Vanessa da Matta.

As apresentações estão previstas para começar às 23 horas. Os ingressos podem ser comprados na bilheteria do Theatro Municipal de Paulínia, ou pelo site Ingresso Rápido.

As sessões de abertura e encerramento são apenas para convidados, mas as demais são gratuitas, começam às 18h, e incluem longas e curtas, e acontecem no Theatro Municipal de Paulínia (Av.Prefeito José Lozano Araújo, 1551;  fone 19 3933-2140).  Para mais informações, acesse o site do festival.