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"Interpreto o pior tipo de bandido que existe no mundo", diz Eriberto Leão sobre personagem em "Assalto ao Banco Central"

Cena de "Assalto ao Banco Central", dirigido por Marcos Paulo - Divulgação
Cena de "Assalto ao Banco Central", dirigido por Marcos Paulo Imagem: Divulgação

ALYSSON OLIVEIRA

Do Cineweb

22/07/2011 07h00

Quando convidado pelo diretor Marcos Paulo para interpretar o personagem Mineiro, em “Assalto ao Banco Central”, o ator Eriberto Leão começou uma pesquisa intensa sobre quem são os estelionatários. “O mais interessante que eu descobri foi a etimologia da palavra, que vem do latim "stellio", que significa lagarto. Por isso, até sugeri que meu personagem tivesse uma tatuagem discreta de um lagarto”, contou o ator ao UOL Cinema. O longa chega aos cinemas brasileiros em cerca de 300 salas nesta sexta-feira (22).

Mineiro é uma das peças centrais do longa, inspirado no roubo ao Banco Central de Fortaleza em 2005. “Ele é capaz de tudo, só não gosta de violência. Ele é o pior tipo de bandido que existe, rouba e não tem coragem de dar a cara a tapa. Bancar o mocinho é o disfarce dele”. O ladrão, como se vê, é o oposto de Pedro, personagem do ator na novela “Insensato coração”. “Eles são praticamente antagônicos. O Pedro é gente boa”.

Assista ao trailer do longa

Para criar Mineiro, Eriberto contou com a ajuda da preparadora Fátima Toledo, que trabalhou com todo o elenco, que inclui Milhem Cortaz, Hermila Guedes e Tonico Pereira. “Foi importante porque ela nos ajudou a encontrar a química entre o grupo de ladrões. A preparação nos trouxe coesão”. Já trabalhar com Marcos Paulo, que estreia na direção de cinema, foi concretizar “um namoro de longa data”. “Nunca havíamos feito nem televisão juntos. E o Marcos, mesmo sendo o primeiro longa dele, mostrou-se muito seguro no que queria”.

Atualmente, Eriberto está concentrado nas gravações da novela, que está em sua reta final. Assim que a concluir, o ator vai pesquisar o universo do cantor Jim Morrison, por conta de um espetáculo teatral no qual interpretará o líder da banda The Doors. Ele promete que também vai cantar. “Iremos mostrar um outro lado dele, um pouco diferente daquele do filme de Oliver Stone [“The Doors”, de 1991]. O texto é baseado em entrevistas do Morrison e o mostra menos como rebelde e mais como pensador, poeta, um cara bem maduro para a idade dele.” Morrison morreu em julho de 1971, em Paris, meses antes de completar 28 anos.