Mesmo com Tom Hanks e Julia Roberts no elenco, "Larry Crowne" estreia no Brasil depois de fracasso nas bilheterias americanas
EDU FERNANDES
Colaboração para o UOL
09/09/2011 07h00
Quando se tem uma comédia romântica estrelada por Tom Hanks e Julia Roberts, a expectativa é de grandes filas nas portas dos cinemas – o que resulta em grandes somas em bilheterias. Mesmo assim, o desempenho de “Larry Crowne – O Amor Está de Volta” foi muito abaixo do que o esperado.
Atrás das câmeras, os nomes envolvidos no título também são considerados sinônimos de lucratividade. Tom Hanks dirige, como em “The Wonders”, e assina o roteiro em parceria com Nia Vardalos, que fez muito sucesso com “Casamento Grego”.
Com uma receita tão atraente, o que saiu errado nas finanças de “Larry Crowne”? Tudo começa com a data de estreia escolhida no circuito americano. Por lá, a comédia romântica bateu de frente com “Transformers 3” – um dos filmes bilionários de 2011.
Dessa maneira, no primeiro fim de semana de exibição, o filme que custou cerca de US$ 30 milhões para ser feito não conseguiu retornar sequer metade do montante. Superstições à parte, “Larry Crowe” fez US$ 13 milhões em seus três primeiros dias de exibição (de 1º a 3 de julho).
TRAILER DO FILME ''LARRY CROWNE - O AMOR ESTÁ DE VOLTA''
Outro fator determinante para os maus resultados é o tema do filme. Por mais que se use de muita leveza, “Larry Crowne” continua a ser um filme sobre os efeitos da crise financeira no americano médio. Em pleno final de semana do feriado de 4 de julho, os americanos preferiram ver a aventura dos robôs gigantes, com sua habitual dose de patriotismo e frases de efeito, a contemplar as dificuldades de um ex-militar que periga perder a própria casa.
Nas semanas que se passaram e o filme acabou sua passagem pelas salas dos Estados Unidos com um total de US$ 35 milhões. Para se ter uma ideia, arrecadar o dobro do orçamento nos cinemas americanos é considerado um empate.
Em sua estreia no Brasil, “Larry Crowne” terá como oponente a ficção científica/faroeste “Cowboys & Aliens”, menos expressiva do que “Transformers”. Outro ponto que favorece a comédia de Hanks é que o público brasileiro não deve ficar tão incomodado em ver a história de um homem que precisa dar a volta por cima depois de perder o emprego.