Paola Oliveira conta que se esforçou para manter um sotaque mineiro sutil em "Uma Professora Maluquinha"

A paulista Paola Oliveira, que será a protagonista do filme "Uma Professora Muito Maluquinha”, inspirado no livro homônimo do cartunista Ziraldo, contou que esforçou-se para manter um sotaque mineiro "bem sutil" para o papel. A atriz autografou, ao lado de Ziraldo, uma edição especial do livro “Uma Professora Muito Maluquinha” (Ed. Melhoramentos), com capa em sua homenagem, durante a Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, e já se prepara para o lançamento do filme, com estreia em circuito nacional prevista para outubro.

Nas telonas, Paola vai encarnar a personagem Cate, uma professora especial, inteligente e engraçada que mostra aos seus alunos que a escola pode ser um lugar mais do que divertido e mágico, em uma história que, segundo o autor Ziraldo, é baseada em fatos reais. “É um filme sentimental, parte da história que eu conto é verdadeira. Essa moça existiu e foi uma professora”, disse o escritor.

Paola contou que, quando surgiu a oportunidade de interpretar o papel da personagem principal do filme, “eu disse, eu quero”. Durante as três semanas e meia de gravação em Minas Gerais, o desafio de Paola foi criar uma relação de intimidade no set com os demais atores da escola.  “Lembro que, na sala de aula, a gente criou um laço com as crianças, eu sentei com eles no chão para pegar a vivência e o temperamento de cada um”, disse Paola, que interpretou a professora admirada pelos meninos que sonhavam pedi-la em casamento. Para as meninas, a professora era como uma fada madrinha. “Esse aprendizado do filme foi a coisa mais difícil. Trazer uma singeleza que é o mais importante”, disse a atriz.

Ziraldo comentou que as pessoas demoraram para descobrir que a capa da edição especial estava trocada com foto da Paola. Para Paola, que participou pela primeira vez de uma sessão de autógrafos na Bienal do Rio, o público teve essa dificuldade porque ela acaba de sair da novela da TV Globo "Insensato Coração" com a personagem boazinha Marina. “A televisão cria uma imagem diferente. É muito gratificante vir aqui à Bienal”. Ela disse ter ficado surpresa ao ver a sua foto na capa do livro.

“As pessoas não identificaram logo como a Paola, encaixou a foto. É legal quando a gente consegue mudar a imagem de tal forma que a pessoa seja primeiro o personagem. Tenho prazer de estar na capa de um livro que já era fabuloso antes do filme. Espero que as pessoas consigam entender a mensagem”, disse a atriz. Para ela, os livros do Ziraldo devem sempre estar na cabeceira da cama e ser referência de uma boa literatura infantil. “Meu melhor prêmio de verdade é que crianças e adultos tenham o prazer de descobrir uma história que a gente não acostumado a ver, estimular a criatividade e o prazer por saber e por aprender”, afirmou Paola.