Topo

Documentários "Glee 3D - O Filme" e "Pearl Jam Twenty" mostram histórias de superação

Da Redação

17/09/2011 00h09

"Glee 3D - O Filme" e "Pearl Jam Twenty", que estrearam nesta sexta-feira (16), mostram histórias de superação sob duas perspectivas: o primeiro mistura músicas e histórias de pessoas que melhoraram de vida inspiradas no programa; o segundo mostra como os fãs fizeram do Pearl Jam o que ele é, "por acreditarem na banda quando nem eles mesmos acreditam".

Em "Glee", um caso emblemático é o do adolescente gay que enfrentou o preconceito sofrido em sua escola graças ao personagem Kurt (Chris Colfer), que passa por um tormento similar na série. Pelo papel, o ator recebeu o Globo de Ouro em 2009, e foi incluído na lista dos 100 rostos mais influentes do mundo de 2011 da revista Time.

Mas o ponto forte mesmo são as músicas cantadas pelo grupo, que incluem dos hits atuais, como "Born This Way" (Lady Gaga), aos clássicos como "Somebody to Love" (Queen), que na voz deles tornam-se atemporais. Basta ver milhares de crianças, adolescentes e adultos cantando com Rachel (Lea Michele) "Don't Rain On My Parade", do musical "Funny Girl", de 1964.

"Glee 3D - O Filme" prova o vigor desta série, que está prestes a estrear a terceira temporada nos EUA. O programa rendeu até um reality show, o "Glee Project", cujo prêmio era justamente fazer parte do elenco. Fica claro que o produtor quer extrair todo o suco do limão antes que ele amargue, tal como aconteceu em Nip/Tuck.

Grunge reverenciado

Trailer de "Pearl Jam Twenty"

O diretor Cameron Crowe retrata a história do "Pearl Jam" de maneira reverencial e leve, sem grandes revelações. A trajetória é contada cronologicamente, da morte de Andrew Wood, vocalista do Mother Love Bone, banda que deu origem ao Pearl Jam, à briga com a Ticketmaster, passando pela tragédia no festival dinamarquês Roskilde em 2000, quando nove pessoas morreram durante um show.

O bom relacionamento dos integrantes, a decisão de controlar a própria carreira e a legião de fãs, que mantêm o grupo reunido, são também mote para o documentário. Fatos menos marcantes são resumidos de forma inteligente, como a divertida história da troca de bateristas ou a rixa entre Eddie Vedder e Kurt Cobain, esclarecida com uma inesperada imagem de empolgados abraços.

Os conhecedores da banda ainda podem se deliciar com gravações da primeira demo da banda e imagens inéditas de um Pearl Jam bêbado que mal se esforça para tocar em uma festa promovida pela MTV para o lançamento de “Singles”, filme em que atuaram e gravaram uma música da trilha.