Visionário, Steve Jobs ajudou a criar a Pixar, estúdio que revolucionou o cinema de animação
Quando George Lucas vendeu a divisão de animação e computação gráfica da LucasFilm, para Steve Jobs, em 85, não imaginou que Jobs transformaria o negócio de 10 milhões em uma produtora de filmes vencedora de 24 Oscars e hoje avaliada em cerca de 6,5 bilhões de dólares.
Na época em que comprou a Pixar, Jobs tinha sido demitido da Apple e estava em busca de um novo negócio. Os profissionais de animação John Lesseter e Ed Catmull, que trabalhavam para a LucasFilm, queriam experimentar um novo tipo de animação. A ideia era parar de usar o 2D nos longas, que era uma tradição na Disney e considerada a melhor forma de extrair vida de um desenho, e começar a trabalhar com a computação gráfica em 3D, um desafio até então.
"Era como no início da Disney, quando o cinema era novo e a animação apenas começava, era uma revolução técnica. Walt sempre introduziu tecnologia de ponta em seus filmes", disse Ed Catmull, um dos fundadores da produra em entrevista à AFP.
O primeiro curta
Apenas um ano depois, a Pixar lançou "Luxo Jr.", uma animação que mostra duas luminárias brincando com uma bola e que foi a primeira produção do estúdio feita baseada na nova tecnologia. "Luxo" virou o grande símbolo da produtora.
ASSISTA "LUXO JR", PRIMEIRA ANIMAÇÃO DA PIXAR
O sucesso de "Toy Story" alavanca a produtora
Em 95, a Disney entrou para financiar um grande projeto da Pixar, "Toy Story", o primeiro longa de animação 100% feito em computação gráfica. "Steve é o grande visionário do negócio", conta Lasseter em entrevista à "Hollywood Reporter". "Ele viu o que poderia se tornar e só me disse: faça ser grande'".
"'Toy Story' foi o primeiro filme com imagens digitais no qual o público esqueceu que estava vendo imagens criadas pelo computador. Queria apenas saber o que aconteceria com Woody e Buzz Lightyear. Todo cineasta sabia que esta era uma vitória", disse Catmull.
Com o sucesso do filme, que se tornou um blockbuster, e a a criação de "Vida de Inseto", "Toy Story 2" e "Monstros S.A", a parceria com a Disney crescia, e a gigante do entretenimento não queria perder a criatividade da produtora. Em 2006, a Disney fez a compra da Pixar por 7,4 bilhões de dólares e Steve Jobs passou a ser o maior acionista individual da Disney.
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