Comédia "Agamenon" faz piada com episódio de Ronaldo e os travestis
MAURICIO STYCER
Em São Paulo
14/12/2011 19h23
Com estreia prevista para 6 de janeiro, o filme “As Aventuras de Agamenon, o Repórter” evoca um episódio que o ex-jogador Ronaldo gostaria de esquecer: a noite que passou com três travestis em um motel na Barra da Tijuca, no Rio, em abril de 2008.
Para quem não o conhece, Agamenon Mendes Pedreira é um jornalista com o dom da onipresença. É uma espécie de "Zelig" ou "Forrest Gump", que testemunhou os fatos mais importantes da história nos últimos cem anos.
Criado há 20 anos pelos humoristas Hubert Aranha e Marcelo Madureira, integrantes da trupe Casseta & Planeta, o “velho homem da imprensa” Agamenon assina até hoje uma coluna dominical no jornal “O Globo”.
No filme, que chega aos cinemas com 300 cópias, um sinal da importância do lançamento, Agamenon faz piada com Hitler, Freud, Einstein e Getúlio Vargas, entre outras personalidades da história. Fernando Henrique Cardoso, Caetano Veloso, Paulo Coelho, Susana Vieira e Jô Soares dão depoimentos sobre o personagem, como se ele existisse de fato.
O ex-jogador Ronaldo é vivido pelo ator Robson Nunes no filme. Ele está num quarto de motel com a “Mulher Mandioca” e a “Mulher Pepino”, além de um terceiro travesti, quando Agamenon, vivido ora por Hubert, ora por Marcelo Adnet, aparece junto com “Bruna Chupetinha”. A farra é completa.
“A gente nunca faz piada sobre algo que não aconteceu”, disse Marcelo Madureira, durante entrevista em São Paulo, nesta quarta-feira (14). “A gente não inventa fato. Por isso a gente acha que não tem problema”.
Em entrevista ao UOL, Madureira e Hubert insistiram na ideia de que Ronaldo vai levar a piada na boa. “Ele foi no nosso programa quando teve o primeiro filho”, lembrou Hubert.
“As Aventuras de Agamenon, o Repórter” também faz piada com o músico João Gilberto, vivido por Claudio Tovar. Pedro Bial, apresentador do Big Brother Brasil há onze anos, ri de si mesmo em boas cenas, na qual interpreta o repórter Pedro Bial. Nelson Motta também ri da obsessão dos documentários em entrevistá-lo.