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"As pessoas não conseguem me ver como vilã", diz Grazi Massafera sobre o longa "Billi Pig"

Grazi Massafera durante coletiva do filme "Billi Pig" Imagem: Amauri Nehn/AgNews

ALYSSON OLIVEIRA

Do Cineweb

29/02/2012 07h00

Grazi Massafera é um atriz corajosa. Em sua estreia como protagonista no cinema, na comédia “Billi Pig”, ela interpreta uma mulher que sonha em ser atriz, embora, claramente, não tenha nenhum talento. Grazi também não se esquiva de qualquer assunto durante uma entrevista – fala da realização pessoal ao fazer cinema, de algumas frustrações que teve na televisão e da parceria com o marido, o ator Cauã Reymond.

Mas que ninguém lhe pergunte sobre BBB – programa televisivo do qual participou em 2005 e saiu como vice-campeã – que sua empresária e sua assessora de imprensa viram feras: “Sobre isso ela não fala”. Ainda assim, a atriz sai dessa com sua delicadeza e sagacidade: “Não vamos criar polêmica. Eu fico feliz de ter pessoas que gostam de mim desde a época do programa de televisão. Torço para que elas vejam o filme”.

Grazi é assim, doce e gentil, e, percebe-se, bastante esforçada – o que se reflete na tela em “Billi Pig”. “Eu tenho estudado muito, visto muitos filmes, lido. Peço dica a pessoas de quais filmes ver para me inspirar, para aprender. Jornalistas, amigos e até a Sonia Braga já me sugeriram vários”.

Para o papel de Marivalda, protagonista do longa, a atriz confessa que viu vários de Jane Mansfield.  Para seu personagem na novela “Desejo proibido”, por exemplo,  inspirou-se em Marilyn Monroe.

Mesmo grávida, sabendo que deverá ficar um tempo longe das câmeras para cuidar da filha, que deve nascer daqui a três meses, Grazi faz planos para o futuro. “Quero muito fazer teatro. É um momento de muita vontade”. Quanto ao cinema, a atriz admite que é um meio que está descobrindo.

Em 2006, fez “Didi, O caçador de tesouros” (2006), no qual tinha uma personagem pequena. Em compensação, agora faz uma protagonista. “Estou aprendendo que o cinema é um processo de contenção de gestos, de tudo. Como sou muito expressiva, preciso prestar atenção nisso.”

Em “Billi Pig”, que estreia em circuito nacional na próxima sexta, Grazi contracena com Selton Mello, Milton Gonçalves e Otávio Müller. Trabalhar com eles, segundo ela, foi uma aprendizagem: “Eles me deram muitas sugestões. Foi um verdadeiro mestrado”. Acompanhar a trajetória do marido para ela também foi uma oportunidade de aprender.

Cauã, aliás, já havia trabalhado com o diretor do longa, Jose Eduardo Belmonte, em 2007, em “Se nada mais der certo”, para o qual Grazi havia sido convidada, mas não topou. “Eu nem conhecia o Cauã quando surgiu o convite. Fui ver o filme anterior do Belmonte [“A concepção”], fiquei assustada. Eu estava acostumada com filmes do tipo ‘sessão da tarde’”, diverte-se.

Mais tarde, agora já casada, quando Grazi visitou Cauã e Belmonte no set de “Se nada mais der certo”, ficou encantada com o trabalho, por isso aceitou fazer “Billi Pig”. “O Belmonte é um cara muito aberto a sugestões, carinhoso e não tem vaidades”.

Grazi conta que, para o futuro, pensa um dia em fazer um filme com personagens fortes e situações extremas – como aquele que ela não aceitou fazer. “Pode ser algo que tenha a ver com o submundo, ou mesmo os pequenos dramas do cotidiano, da vida.”

Já na televisão, Grazi comenta que nem sempre seus personagens cumpriram com suas expectativas. Com cinco novelas, além das séries “As cariocas” e “Casos e Acasos”, a atriz confessa ter se frustrado um pouco por ter de abandonar a atual novela das sete, “Aquele beijo”, antes do fim por conta da gravidez.

“Foi um bom motivo que me fez sair da trama, mas era um personagem que poderia crescer muito. Ela é uma vilã interessante. Mas o grupo de discussão, formado por pessoas que veem a novela, não me aceitariam como uma vilã grávida. Na verdade, as pessoas têm dificuldade de me separar dos personagens. Eles querem me ver como a Grazi nas novelas”. 

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