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"Área Q" não é "nem ficção científica nem espírita", explica diretor Gerson Sanginitto

Gerson Sanginitto, diretor de "Área Q", falou sobre o longa nesta segunda-feira (9/4/2012) - Amauri Neh/AgNews
Gerson Sanginitto, diretor de "Área Q", falou sobre o longa nesta segunda-feira (9/4/2012) Imagem: Amauri Neh/AgNews

Ana Okada

Do UOL, em São Paulo

11/04/2012 07h00Atualizada em 11/04/2012 14h36

Apesar "Área Q" ser apresentado como um filme "espiritualista" e ter co-produção da Estação Luz Filmes, empresa que lançou os principais filmes espíritas do cinema nacional ("Chico Xavier", "Bezerra de Menezes" e outros), o diretor Gerson Sanginitto diz que o longa não é não é "nem ficção científica nem espírita".

"Por que fiz uma mistura de ficção científica com o gênero paranormal? Porque são coisas em que acredito, são a mesma coisa. Tenho uma preocupação muito grande que o filme seja rotulado como ficção científica e como espírita, porque não é nenhum dos dois. Ele traz elementos de ficção científica com uma abordagem bem leve, bem sutil espiritualista. De forma alguma essa palavra espírita pode ser usada, porque é tentar vender gato por lebre."

O filme conta a história de um jornalista norte-americano (Isaiah Washington) que vai fazer uma reportagem no nordeste brasileiro sobre fenômenos extraterrestres. Lá, ele conhece um homem misterioso, João Batista (Murilo Rosa), que dará a ele a explicação para o desaparecimento de seu filho, ocorrido antes da chegada de Mathews ao país.

Influenciado por Steven Spielberg e George Lucas, o diretor diz que sabia que seu trabalho estaria numa linha tênue entre "o crível e o risível". "Tive preocupação de ser sutil, leve, para abordar o assunto de forma verdadeira. Não queria criar nenhum estereótipo de alienígena, de nave espacial", diz.

Para elaborar o enredo, Sanginitto leu muitas histórias de moradores das regiões de Quixadá e Quixeramobim, no Ceará, lugar cheio de histórias de extraterrestres. Ao criar o personagem de Murilo Rosa, João Batista, ele se baseou num relato que seria o do primeiro homem que foi aposentado por abdução.

Como estudou nos Estados Unidos, o diretor diz que fez o filme com um ator norte-americano -- Isaiah Washington, conhecido por seu trabalho como "Dr. Burke" de Grey's Anatomy-- pensando em lançá-lo no mercado internacional. Ele diz que já tem na cabeça até uma continuação para o longa, mas tudo depende do desempenho de "Área Q" nos cinemas. O filme estreia no país nesta sexta-feira (13), em cerca de 80 salas.

TRAILER DE "ÁREA Q"