"Corações Sujos" estreia no Japão antes de chegar ao Brasil; veja trailer inédito
"Corações Sujos", filme de Vicente Amorim sobre a colônia japonesa no Brasil no fim da Segunda Guerra Mundial, terá sua estreia no Japão, em 27 de julho, antes de chegar ao cinemas brasileiros, em 17 de agosto. A data, de acordo com o diretor, foi escolhida por causa da proximidade com o dia da rendição do Japão, em 15 de agosto. "O elenco tem grandes estrelas japonesas, que já trabalharam em 'Cartas de Iwo Jima', 'Kill Bill', 'A Partida', e 'O Último Samurai', e o filme foi super bem recebido pelos distribuidores de lá", comemora Amorim.
Ter que dirigir um elenco que em sua maioria falava apenas japonês foi um desafio, diz Amorim, mas menos difícil do que ele imaginava. "Talvez seja lugar-comum dizer isso, mas existe uma linguagem comum do cinema. Como ensaiamos muito, na hora de filmar todas as grandes duvidas já tinham sido resolvidas. O elenco estava em sintonia, mas o grande segredo foram os ensaios", revela.
Trailer de "Corações Sujos"
Baseado no livro homônimo de Fernando Morais, "Corações Sujos" surgiu da vontade do diretor de fazer um projeto sobre identidade. "Tudo indicava que seria um filme auto-biográfico chatíssimo", brinca. "Não comprei o livro pensando em adaptar, mas me dei conta que era possível fazer um filme que falasse sobre identidade e muito mais que isso, que falasse também sobre racismo, fundamentalismo, manipulação da verdade, o que faz com que ele seja absolutamente contemporâneo, apesar de se passar em 1945. Tudo isso estruturado como uma história de amor e um thriller".
Apesar de fazer "cada filme em uma língua" -- "Um Homem Bom", de 2008, é em inglês -- Vicente Amorim tem como próximo projeto uma produção brasileira falado completamente em português. Ele faz mistério sobre o longa, mas adianta que será rodado em outubro ou novembro deste ano.
Também nos planos do diretor está "As Vitrines", que está escrevendo junto com Flávia Castro (do documentário "Diário de uma Busca") sobre a infância da diretora na embaixada da Argentina no Chile, depois do golpe. "Mas esse provavelmente vai ser bilíngue. Acho que faz parte de quem eu sou uma certa internacionalização", define.
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