Will Smith compara química com Josh Brolin em "Homens de Preto 3" a de "uma ótima amante"

Dez anos depois de “Homens de Preto 2” – e quase 15 depois do primeiro – Will Smith volta a vestir o terno preto e os óculos escuros do agente J. Mas, dessa vez, seu parceiro não é mais Tommy Lee Jones – ao menos não na maior parte de “Homens de Preto 3”, que estreia em 25 de maio.

O companheiro de J na tarefa de proteger a humanidade de alienígenas ainda é o agente K, mas em uma versão mais jovem, interpretada por Josh Brolin. E Will sabe o quanto essa escolha poderia dar errado. “O interessante para mim nisso era saber quanto é arriscado, perigoso e quase insensato tentar fazer ‘Homens de Preto 3’ e introduzir um novo ator para interpretar...” “...um ator que existia nos últimos dois bem-sucedidos filmes. É estúpido”, completou Josh, durante entrevista coletiva sobre o filme em evento realizado pela Sony em Cancun (México).

Em “Homens de Preto 3”, um vilão preso pelo agente K foge da prisão e volta ao passado para matá-lo e impedir que coloque em funcionamento um escudo que protege a Terra de ataques alienígenas. O bandido consegue mudar o passado e J é o único a se lembrar da existência de K. Para salvar o amigo – e o planeta – ele tem que voltar a 1969 e interromper os planos do bandido. Para isso, vai precisar da ajuda do jovem agente K.

“Will e eu dissemos que a única maneira em que poderia dar errado era não ter alguém no passado que fosse tão bom que o público não sentisse falta de ver Will e Tommy. Porque o filme é sobre essa ótima relação. E a verdade é que quando começamos a trabalhar com Josh, nós todos dissemos ‘Coitado do Josh. Ninguém vai saber que ele está no filme, porque todos vão pensar estar vendo o Tommy jovem’”, conta o diretor Barry Sonnenfield, que também esteve à frente dos dois primeiros filmes.

“Há uma química entre eles [Will e Tommy] da qual somos todos grandes fãs. O medo que eu tive quando Barry me pediu para fazer isso foi enorme, e eu acho que pelas razões certas. Eu não queria que as pessoas vissem o Josh interpretando o Tommy o tempo todo. Eu só queria que depois de cinco minutos, vocês esquecessem e pudessem ver um bom filme”, diz Josh.

“É aterrorizante porque existe um certo ritmo e química que você desenvolve quando trabalha com alguém algumas vezes.É como uma ótima amante, com quem você se entrega. Mas o que é interessante é que foi quase idêntico. A química foi idêntica. O ritmo, as entonações. E eu fiquei impressionado desde o primeiro dia, da primeira cena, que não tive que fazer nada diferente. Foi quase a mesma interação que eu tinha com Tommy Lee Jones”, conta Will.

Sonnenfield conta que Will já tinha a ideia para o terceiro filme quando ainda estavam filmando o segundo, que foi lançado em 2002. “Estávamos fazendo ‘Homens de Preto 2’ e uma noite Will veio até mim e disse ´Bas, tenho uma ideia para ‘Homens de Preto 3’. Acho que deveríamos voltar ao passado e fazer algo que tenha a ver com o agente K. E, ao fazer isso, descobrimos segredos que não sabíamos e J descobre segredos sobre K. Seria ótimo fazer uma versão de viagem no tempo’. E eu disse ‘Vamos só terminar o segundo’”.

Will de fato demonstra um carinho com a franquia, que, segundo ele, mostrou que ele tinha potencial para construir uma carreira. “Foi logo depois de ‘Independence Day’. ‘Independence Day’ foi o primeiro impulso e ‘Homens de Preto’ foi o ‘peraí, talvez ele vá permanecer por aí por um pouco mais de tempo’. Para mim, foi a primeira oportunidade de fazer comédia nesse nível. É um mundo muito estranho, não se vê muitas comédias fantásticas. Foi uma grande lição de comédia e de atuação. Foi a franquia mais complicada, mas em termos de aprendizado, foi um dos melhores filmes e uma das melhores franquias das quais participei”, diz o ator.