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Em "360", Fernando Meirelles fez papel sob medida para Maria Flor

A atriz Maria Flor, que interpreta a estudante brasileira Laura no novo filme de Fernando Meirelles, "360" - Luiza Dantas/CZN
A atriz Maria Flor, que interpreta a estudante brasileira Laura no novo filme de Fernando Meirelles, "360" Imagem: Luiza Dantas/CZN

Daniel Solyszko

Do UOL, de São Paulo

17/08/2012 07h00

Antes de "360", que estreia nesta sexta (17) nos cinemas, Maria Flor e Fernando Meirelles havia trabalhado juntos na série “Som e Fúria” (2009). Para conseguir o papel de Kátia, sua personagem no programa de TV, a atriz mandou um e-mail para Meirelles pedindo para considerá-la. “Ele me respondeu dizendo que adoraria que eu fizesse. Foi a primeira vez que trabalhei com ele, mas o programa era dividido entre vários diretores. Não deu pra entender como era o processo de criação dele, isso eu só fui descobrir no filme”, diz ela, em entrevista ao UOL.

Apesar de tudo, a química deu certo e rendeu frutos. Flor conta que o Meirelles já havia pensando nela para fazer o papel da brasileira Laura antes mesmo de a produção começar. “Tive apenas que fazer um teste de inglês para os produtores, e esperar as filmagens, que atrasaram”, conta a atriz.

Sobre o processo criativo do diretor, que permite que os atores possam improvisar, Flor disse também que ajudou a criar algumas falas: “A última cena entre eu e o Anthony Hopkins, quando a gente se despede no aeroporto, ali tem algumas falas improvisadas”, revela.

Talvez por contar com uma equipe parcialmente brasileira (além de Meirelles, o fotógrafo Adriano Golman e outros conterrâneos participaram da produção), Flor afirma que não sentiu muita diferença profissional.  “Os atores ficam mais concentrados, cada um tem seu espaço. Mas o set é igual, a diferença são os recursos. Eles têm mais tempo, e com isso mais tranquilidade para fazer a coisa acontecer”, conta.

Sobre trabalhar no exterior, Flor prefere manter uma certa cautela. “Vou passar um tempo no final do ano em Los Angeles, fiz contato com uma agente americana. Mas sou muito pé no chão quanto a isso, sei que é muito concorrido. Eu não abriria mão da minha história aqui pra me dedicar a uma carreira lá, de maneira nenhuma”.