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Longe do cinema desde 2007, atriz Betty Faria diz que está fora de moda

Betty Faria posa ao lado de réplica do "Kikito", o prêmio dado aos melhores do cinema no Festival de Gramado (16/8/2012) - Foto Rio News
Betty Faria posa ao lado de réplica do "Kikito", o prêmio dado aos melhores do cinema no Festival de Gramado (16/8/2012) Imagem: Foto Rio News

Mariane Zendron

Do UOL, em Gramado (RS)

17/08/2012 21h26

A atriz Betty Faria, que recebeu nesta quinta-feira (16) o troféu Oscarito em Gramado, falou sobre o hiato na sua carreira nos cinemas. Sua última participação nas telonas foi no longa “Chega de Saudade”,  de 2007. “O que me aconteceu foi uma coisa de sair de moda. Tem essa coisa de moda no cinema, no teatro. Eu cheguei numa idade em que tenho o privilégio de estar sempre trabalhando, mas isso não aconteceu nos cinemas nesses últimos anos. Vai saber por quê. Mas eu não sou uma pessoa magoada. Eu sou uma pessoa de sorte por continuar trabalhando”, disse ela na tarde desta sexta (17).

Ao subir ao palco na noite de quinta, a atriz falou da admiração pelo artista que deu nome ao troféu. "Minha infância em Copacabana foi povoada pelos grandes musicais americanos. Eu era louca pelo Oscarito. Ele me fazia rir e chorar", disse ela. Betty Faria já ganhou um Kikito de melhor atriz, em 1987, pelo filme "Anjos do Arrabalde", de Carlos Reichenbach. “Na época, gravava outro filme e não pude vir buscá-lo, mas fiquei muito emocionada”, contou.

Betty ainda disse que os diretores de cinema dependem das leis de incentivo porque muitas pessoas pagam meia-entrada. “Eu vou falar uma coisa que é politicamente incorreta. Eu odeio meia-entrada porque ela é uma tragédia para o cinema e para o teatro. Todo mundo tem meia-entrada. Como não depender das obras governamentais?”, questionou. 

A atriz também afirmou que voltaria para os cinemas se tiver química com o diretor e roteiro. “Tem que ter química e eu tenho que querer contar aquela história”. Na televisão, Faria trabalha como bailarina, cantora e atriz desde 1964. No ano seguinte, começou a fazer teatro com a peça "As Inocentes do Leblon".