Jeremy Renner se consolida como ator de filme de ação em "O Legado Bourne"

O filme "O Legado Bourne" chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (7) para mostrar mais uma dose de perseguições frenéticas e estratégias frustradas das autoridades dos EUA para controlar o impacto de Jason Bourne, o desmemoriado agente perseguido nos filmes anteriores da franquia, interpretado por Matt Damon.

Desta vez, o alvo a ser destruído é Aaron Cross, personagem vivido por Jeremy Renner, ator que se consolida como uma das principais opções para filmes de ação em Hollywood.

Longe do estilo de agentes 007 ou de musculosos justiceiros, os personagens de Renner são sempre marcados pela competência.

Tanto Cross como o desarmador de bombas de "Guerra ao Terror" ou mesmo o herói Gavião Arqueiro, de "Os Vingadores", passam ao espectador a sensação de sempre saberem o que fazem – mesmo que pareçam ser inconsequentes, como no caso de Willian James, o especialista que rendeu a Renner a indicação ao Oscar de Melhor Ator em 2009.

Em "O Legado Bourne", o risco de o caso de Jason Bourne e de sua ligação com o Treadstone, projeto para criar assassinos profissionais tocado pela CIA, vir a público faz os chefões da agência estatal e do departamento de Defesa dos Estados Unidos – liderados pelo coronel reformado Eric Byer, vivivo por Edward Norton – darem início a uma grande queima de arquivos.

Cross, que participa de um programa de missões solitárias chamado Outcome passa a ser duramente perseguido ao lado da cientista Marta Shearing, interpretada por Rachel Weisz.

Tony Gilroy, roteirista de todos os longas da franquia, assumiu a direção no quarto filme e manteve o clima de tensão e de diálogos rápidos que marcou as produções anteriores, com direito a cenas de ação no estado norte-americano do Alasca e em Manila, capital das Filipinas.

Quem desejar compreender todo o significado das ações de Jason Bourne deverá assistir aos filmes anteriores da franquia, especialmente para acompanhar a tensão dos líderes dos serviços de inteligência norte-americanos, sempre um passo atrás dos protagonistas.

Apesar da boa atuação de Renner, a lembrança do personagem de Damon, criado originalmente pelo escritor Robert Ludlum, aparece durante todo o longa, desde a foto do agente desaparecido em telejornais até o nome talhado na madeira em uma cabana nas montanhas.