Kristen Wiig é a razão para ver "Imogene", comédia sobre uma família disfuncional
“Imogene”, de Shari Springer Berman e Robert Pulcini, seria mais um filme independente norte-americano sobre família disfuncional: o pai sumiu, a mãe (Annette Bening) é um pouco maluca e acredita totalmente estar casada com um agente da CIA (Matt Dillon), o filho (Christopher Fitzgerald) tem crustáceos como únicos amigos.
E a personagem-título acaba de perder namorado e emprego de uma só tacada. Quem faz a diferença é realmente Kristen Wiig, que interpreta a protagonista sem traços de diva e com a graça habitual.
O filme começa com uma cena engraçadíssima da pequena Imogene no palco, querendo mudar o final de “O Mágico de Oz”. Para ela, não faz sentido ficar na cidade pequena onde nasceu. Ela quer Nova York, e a conquista, ou quase. Sua carreira como escritora não decola realmente.
Tem um namorado holandês, como faz questão de frisar, que pouco se importa com ela, suas amigas são mais falsas do que uma nota de R$ 7. Seu pior pesadelo, portanto, é voltar a morar com a mãe na pequena cidade litorânea em Nova Jérsei. Seu pesadelo só é amenizado pelo novo agregado da família, o dançarino Lee (Darren Criss, da série de TV “Glee”). Logo, ela descobre que seu pai, supostamente morto, está bem vivo e resolve partir em busca dele.
“Imogene”, como tantos outros, é conservador. A família, não importa quão doida, é o mais importante de tudo. Por sorte, Kristen Wiig está na produção para fazer a apologia da mulher inteligente – e um pouco atrapalhada. Irregular, mas não chega a ofender ninguém.
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